Eu sempre defini Minha Mãe é uma Peça como um quadro bem sucedido do Zorra Total, e acreditem, isso não é um elogio.
Dona Hermínia é uma típica a tradicional mãe brasileira, desbocada, grossa, mas que ama seus filhos e os coloca sempre acima de qualquer outra coisa ou pessoa, mas como a maioria dos filhos adolescentes, eles não reconhecem isso, e Dona Hermínia resolve passar uns dias na casa de uma tia, para ver se os filhos começam a valorizar mais seus esforços maternos. E daí pra frente o filme começa a desenrolar.
O filme tem pontos altos e baixos, fortes e fracos, mas em um geral é fraco.
Adaptado de um sucesso dos palcos, Paulo Gustavo e Fil Braz são responsáveis pelo roteiro, que embora até consiga arrancar uma ou outra risada, é bem raso, bem raso mesmo e quando eu falei sobre ser um "quadro bem sucedido do Zorra Total" era sobre o roteiro que eu me referia. A identificação imediata que fazemos com as personagens é inegável, afinal, eles são reais, Dona Hermínia é a personificação da maioria das mães e Paulo Gustavo faz bem isso, mas poderiam ter feito um roteiro de verdade sabe? Não essa sucessão de acontecimentos aleatórios, com direito a flashback e tudo mais.
Paulo Gustavo faz um bom trabalho como ator, ele é o que dá certo no filme, mesmo que não seja linear, sua performance não deixa a desejar. O resto do elenco é esquecível, Ingrid Guimarães está mais caricata e forçada que o costume e suas cenas são os momentos "vergonha alheia" do filme.
Talvez se tivesse tido menos piadas repetitivas, talvez com um roteiro mais estruturado e um elenco mais competente, Minha Mãe é uma Peça seria um marco na comédia nacional, pois com certeza deu muito certo com o público, mas de verdade? Faltou muito, muito mesmo para ser um bom filme.
2.0/5