sexta-feira, 7 de março de 2014

Review: Sem Escalas

Sem Escalas (Non-Stop - 2014)

Sem escalas é um filme pouco ambicioso, com alguns clichês, mas que graças ao diretor inteligente e a um protagonista funcional, consegue sair bem melhor do que o esperado.

Bill é um policial especialista em segurança aérea, que bebe e fuma, além de ter problemas que envolvem seu passado misterioso, típico policial protagonista de filme de ação barato, a diferença, é que aqui, ele é novamente dirigido pelo Jaume  e o filme não é barato. A história começa com Bill, entrando em avião cheio de gentes suspeita e macabra e posteriormente, um assassino (a) começa a ameaçar Bill pelo celular, dizendo que se não houver um depósito bem gordo em uma determinada conta, ele matará um passageiro de 20 em 20 minutos e aí história começa a se desenvolver daí.

O filme é uma mistura de suspense com ação, que eu particularmente não gosto muito,mas que aqui funcionou muito bem, embora tenha rupturas em seu roteiro, principalmente nas cenas finais, o diretor contorna bem os clichês do gênero, movido pelo suspense que é bem construído até o final.

Jaume Collet-Serra, famoso diretor que criou clássicos contemporâneos, como A Casa de Cera e a A Órfã, consegue construir seu melhor suspense, é agonizante, as cenas de ação também são bem feitas, Jaume já trabalhou com Liam, então, não foi desafio nenhum tê-lo novamente como protagonista absoluto, pensando pelo lado que o filme todo se passa em um único cenário, dá pra ter uma noção do quanto o roteiro, mesmo com suas falhas, conseguiu ser bom o suficiente para não deixar cair no tédio, ou ficar estendido demais, igual ao recente Capitão Philips.

Embora não seja um filme de performances, Liam Neeson está convincente no papel principal, Julianne Moore e Michelle Dockery, ambas coadjuvantes, estão bem também, detalhe para a Lupita Nyong'o , vencedora do Oscar de coadjuvante esse ano, que faz um papel de figurante no filme.

Quando vamos analisar o gênero de suspense, não adianta o filme ter os melhores atores do mundo, com o melhor diretor, um roteiro cheio de sátiras ou frases filosóficas e uma série de outros fatores técnicos, sem fazer o principal, que é de fato o suspense. A verdade é que depois dos primeiros 15 minutos, eu não consegui prestar mais atenção em nada, me desliguei do mundo, vivi intensamente o filme, que mesmo com os clichês e umas falhas nas cenas finais, consegue prender o público de maneira acima da média.

4.4/5







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