A Culpa é Das Estrelas ( The Fault in Our Stars - 2014)
Desde de que a adaptação do fenômeno mundial do escritor John Green foi anunciada, muito se especulou sobre o filme, embora tenha um diretor quase estreante e um roteiro com alguns exageros, o resultado em A Culpa é Das estrelas ainda é positivo.
Hazel é uma jovem que convive com o câncer há um tempo e já está conformada com a morte que virá mais cedo ou mais tarde, ela tem medo de machucar todas as pessoas que são do seu convívio, pois sabe que logo vai partir desse mundo, então, não costuma fazer amigos, isso muda quando ela começa a frequentar um grupo de apoio e conhece Gus, um jovem charmoso e alegre e a história começa a se desenvolver daí.
A comparação com Now Is Good é imediata, as histórias são parecidas, mas mesmo sendo menos cru, A Culpa é Das Estrelas ainda tem uma narrativa melhor.
O diretor é quase estreante, mas já tinha realizado um bom trabalho em Stuck in Love, aqui se mostra um diretor promissor, o elenco não é algo fora do comum, exceto pela Shailene, mas ainda sim Josh Boone conduz bem o filme.
Os roteirista já tinham trabalho juntos nos ótimos 500 Dias com Ela e The Spectacular Now, ambos filmes com roteiros bons. Aqui eles fazem um bom trabalho, é intenso, mesmo com um ou outro exagero dramático, não deixam a história que é clichê, cair no tédio, ou soar como mais um romance juvenil artificial, os diálogos são bons e o filme é tratado com seriedade do começo ao fim.
A trilha sonora é muito boa, dá um ar legal ao filme, voz como as de Birdy combinam perfeitamente com o romance do Gus e da Hazel, que é intensa igual o sentimento de ambos.
O elenco como eu disse não é excelente, mas muito do que o filme consegue "acontecer" se deve a excelência da performance dilaceradora da Shailene (que quase foi indicada ao Oscar em 2011). Shailene tem uma carga dramática absurdamente grande, consegue passar todas as emoções da Hazel de uma forma impecável, faz aqui uma das melhores performances de sua curta carreira. Ansel Egort não é ruim, mas passa longe de ser ótimo, passa mais longe ainda de acompanhar sua companheira em cena, ainda sim, faz um trabalho na média, é o que se espera de um ator estreante, o resto do elenco está médio, nenhum destaque positivo ou negativo.
O filme teria tudo para ser mais um romance esquecível feito com um único intuito, emocionar e arregaçar nas bilheterias, não que isso não aconteça, acontece, mas acontece com seriedade e com qualidade, Shailene faz um excelente trabalho, o que torna o filme muito melhor, mesmo com os excessos nas partes dramáticas e com as faltas nas introduções, mas o que é inegável aqui, é que temos um entretenimento de qualidade, que é no mínimo, reflexivo.
4.5/5
Média 69/100 no Mettacritic
80% de críticas positivas no Rotten Tomatoes
O filme se torna uma cereja nas mãos do super bolo que foi a performance da Shailene
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