É engraçado como o termo "filme de Oscar" vem perdendo forças com o passar dos anos. Cada vez mais filmes independentes e performances contidas e menos exageradas estão caindo no gosto dos críticos e dos votantes das premiações. Ano passado tivemos um fenômeno chamado Corra, filme que custou U$4.500.000,00 e arrecadou incríveis U$255.000.000,00, além de ter se mantido na boca dos votantes de fevereiro do ano passado até agora, uma raridade. Além de Corra, temos dois filmes independentes indicados que surpreendem pela qualidade narrativa, pelas performances e por conseguir fazer o que poucos filmes conseguem: tocar a gente de uma maneira única.
Lady Bird
Lady Bird é um filme sobre amadurecimento feminino feito com muito carinho. O roteiro do filme acerta em mesclar muito bem o drama e a comédia, além de construir personagens complexos e cheios de camadas, sem deixar nenhum esteriótipo adolescente amostra. A relação contraditória com a mãe, as primeiras paixões, a amizade, as dúvidas na adolescência, a inserção no mercado de trabalho e as crises existenciais, tudo é vivido intensamente por Lady Bird. A edição exata permite extrair o melhor de cada cena sem perder tempo com momentos desnecessário e o elenco dá um show a parte.