O CineMusicalidade será uma coluna nova do blog, onde falarei sobre artistas, álbuns e sobre o cenário POP atual.
Sam Alves surgiu no The Voice do ano passado aqui no Brasil e se mostrou, de longe, o que mais tinha comercialidade do grupo de ótimos cantores do programa, desde então, muito se especulou sobre seu primeiro álbum. Todos sabem que aqui no Brasil (lá fora também) dificilmente um vencedor de reality show consegue se manter nas paradas por muito tempo, mas com Sam, poderia ser diferente, só poderia...
Não estou jogando praga e nem nada, até porque ele é um ótimo cantor, simpático, com voz potente e aparência legal, mas seu álbum de estréia é tão fraco, que decepciona qualquer um que criou o mínimo de expectativa. Além do nome batido e sem graça, o álbum parece ter feito as pressas, para que o cantor não caísse no esquecimento. Faixas com poucos arranjos, produções medíocres que não combinam com o vocal do jovem talento e muito mimimi para pouca qualidade, sem mencionar que 65% das músicas são covers, preguiça de lançar algo novo? Ao que parece, sim.
Essa história de ficar colocando metade das músicas em inglês e metade em português não cola, não atinge um público alvo especifico e irrita qualquer pessoa que tente ouvir seu álbum inteiro.
Como tudo na vida, o álbum tem suas qualidades, além do vocal poderoso de Sam, músicas como When I Was Your Man, Hallelujah, A Thousand Years, Counting Stars e Troublemaker são ótimas, mas todas são melhores nas suas versões originais, pois Sam faz apenas o cover, uma mudança no arranjo aqui, outro ali, mas ainda ficam inferiores a original. Nem pense em escutar o resto do álbum, é de doer os ouvidos, dando destaque negativo para Pais e Filhos, que não combina na voz do cantor, aquela performance dramatizada no The Voice soa artificial, inclusive.
Sam Alves encontra vários problemas com seu primeiro disco, mesmo com suas inúmeras qualidades, o disco não teve o tratamento necessário (as vezes o apressado come cru). Uma pena, pois eu esperava algo bom, podia até ter uns 2/3 covers, mas quando se lança um álbum de 11 faixas, onde covers são a prioridade, o resultado final não sai tão bom.
Destaque: Counting Stars
Descarte: Pais e Filhos
1.0/5
Sam Alves, a promessa que até agora, não virou realidade.
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