Com um filme baseados em fatos reais, uma história no mínimo tocante, um elenco ótimo, um roteiro afiado e um resultado final mais do que positivo, Philomena veio para fazer rir, chorar e se encantar com uma história convencional.
Philomena é uma adorável senhora, que teve um filho há 50 anos, mas que com poucos anos de vida, foi tirado dela por razões que serão reveladas durante o filme. Martin é um jornalista sincero, que trabalhou na BBC e depois de ser demitido, fica deprimido e tenta encontrar novos rumos. A história começa mesmo, quando os dois se encontram, para Martin documentar a história de Philomena, aí a jornada em busca de seu filho tem inicio.
O diretor Stephen Frears, realiza aqui, um trabalho ainda mais memorável que "A Rainha" (filme que ele dirigiu e que deu a Helen Mirren o Oscar de melhor atriz), utiliza muito bem as partes dramáticas, sem muito exagero, fora que eu amo o modo como o filme é filmado, todos os ângulos estão perfeitos, mas o que encanta mesmo é o roteiro, bem redondinho, amarradinho e perfeitinho, parece tolice dizer isso, mas todo o roteiro é bem realista, sem melodramas excessivos, sem aquela coisa de filme americano sabe? É um autêntico filme europeu, com uma pegada bem mais "crua".
As performances estão na medida, nem a mais, nem a menos, Steve Coogan faz um ótimo trabalho, mas o show é de Judi Dench, uma das melhores atrizes vivas, sem sombra de dúvidas(7 indicações ao Oscar em 17 anos). Judi, ao contrário da Angelina Jolie em 2008 com A Troca, faz a uma performance na medida, com poucas explosões dramáticas, respeitando sua personagem e nos brindando com uma das atuações mais belas da década.
Com um resultado final beirando ao impecável, mesmo com a sensação de que falta algo, quando essa coisa que falta é procurada, não é achada, porque Philomena é um filme amarrado, sem pontas soltas, com inúmeros pontos positivos, que anulam os poucos (ou nenhum) pontos negativos.
5/5
Média 76/100 no Mettacritic
92% de notas positivas no Rotten Tomatoes
Uma dupla inesperada, interessante e adorável.
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