sexta-feira, 13 de março de 2015

Review: Superpai

Review: Superpai (2015)

Eu acho engraçado como filmes ruins conseguem agradar tanto o público, as comédias nacionais quase nunca são de fato boas (o Casamento de Romeu e Julieta é uma exceção), mas Superpai consegue ser de longe, uma das piores que eu já vi.

Diogo é um adulto e pai de família (risos), mas parece um adolescente de 40 anos, ele fica todo eufórico porque terá uma festa de reencontro do pessoal do colégio e finalmente vai poder pegar a gostosona Patricia, já que quando era mais novo, teve a oportunidade de tirar a virgindade dela e não tirou (pasmem, ele é casado e fala em comer a Patricia como se fosse algo normal), nesse meio tempo, sua sogra fica doente e Diogo tem que ficar com o filho, já que sua esposa foi cuidar da mãe. Diogo acha um creche noturna, mas na hora de buscar seu filho, ele percebe que pegou a criança errada e à partir daí, todas as situações clichês que já vimos em Se Beber Não Casa e Superbad começam a acontecer.



Pedro Amorim é o diretor, ele tinha feito um bom trabalho em Mato Sem Cachorro, mas aqui a situação é diferente, enquanto o outro filme era uma comédia-romântica com dois dos maiores atores de suas gerações (Leandra Leal e Bruno Gagliasso), aqui temos o apático Danton Mello, e todo o lado romântico deu espaço para um humor negro que não funcionou.

Pedro consegue acertar nas cenas do carro, são bem filmadas e até conseguem arrancar um sorriso de vez em quando, ele também acerta nas cenas com a esposa do Diogo, Monica Iozzi que consegue fazer na medida em sua personagem, a carga dramática é bem aplicada, ela está muito bem mesmo no papel.

O roteiro é fraquíssimo, nem o elenco de apoio repleto de humoristas conseguiu salvar, lembro de ter rido uma ou das vezes com a Dani Calabresa e só. Os personagens não tem introdução nenhuma, eles só estão ali, não se sabe absolutamente nada sobre eles, ou o que levam eles a ser assim, eles só são. O que incomoda mesmo, é essa necessidade de querer parecer com alguma comédia estadunidense. não é legal, não é funcional e não é aplicável para o filme. A cada situação nova que Diogo e os três amigos se colocam, é uma tortura (isso porque o filme é curto). Além de ser fraco, o roteiro é cheio de lacunas e situações que são impossíveis de acontecer, piadas manjadas sobre orientais, humor negro (que eu adoro) que não foi funcional para o filme, enfim, uma sucessão de erros, que os acertos que o filme tem não conseguem camuflar as lambanças.

Danton Mello não é um mau ator, mas passa longe do que se esperava, além de não ter uma veia cômica (talvez seja por isso que o elenco de apoio só tem humoristas), ele não convence, seu personagem também não ajuda viu. Monica Iozzi faz um bom papel, mas aparece pouco, quando aparece rouba a cena e isso é ótimo, emprega bem sua carga dramática e traz um pouco de realidade para essa comédia fantasiosa e sem nexo. E restante do elenco está ok, ninguém destoa, mas ninguém se destaca.

Para concluir, vou usar uma frase do Roberto Justus que eu adoro, o que define o filme é uma SUCESSÃO DE LAMBANÇAS! Tudo muito mal manjado e mal escrito, ainda que as cenas no carro sejam bem feitas, todo o resto é esquecível, conseguiu ser pior do que Minha Mãe é Uma Peça e eu achei que seria bem difícil alguém superar isso.

0.5/5





Nenhum comentário:

Postar um comentário