Brooklin (Brooklyn - 2015)
Os burburinhos sobre Brooklyn começaram há mais de um ano no festival de Sundance de 2015, o filme já era apontado como aposta certa para o Oscar e Saoirse Ronan como uma possível vencedora, pois é, o filme se manteve forte ao longo do ano e recebeu 3 indicações ao Oscar, inclusive na categoria de melhor filme.
Uma irlandesa jovem e tímida se muda para Nova York, com o objetivo de arrumar um bom emprego e melhorar de vida, a típica história de imigração, embora ela tenha um começo árduo, logo ela se apaixona por um italiano encantador e começa finalmente a se adaptar ao novo país, mas quando tudo parece estar perfeitamente bem, uma tragédia à faz voltar para Irlanda, tendo que enfrentar alguns contrapontos e tomar decisões importantes.
A sinopse parece fraca né? Parece aquela típica história água com açúcar que estamos cansados de ver, mas Brooklyn passa longe de ser um romance/drama qualquer.
John Crowley é o diretor, ele dirigiu apenas filmes independentes e alguns episódios de True Detective, mas em Brooklyn realiza seu trabalho mais notável. Ele dirige o elenco muito bem, muito bem mesmo, óbvio que o destaque o filme é a Saoirse, mas ele consegue extrair de todos performances ótimas. A fotografia é muito bonita, os figurinos também, a trilha sonora é agradável e todo a produção do filme é bem feita. Crowley dá ao filme uma sutileza (muito, mas muito bem aplicada) que fica registrada como sua marca na direção. Se formos comparar com a Carol e A Garota Dinamarquesa, que também estão na temporada de premiações com performances incríveis e produções de época ótimas, Brooklyn se firma como o melhor dos três.
O roteiro é adaptado por Nick Hornby, um excelente roteirista com conseguiu com louvor mais uma indicação ao Oscar, o roteiro é extremamente bom, por mais que o tema não seja o mais relevante do mundo, nas mãos de Nick se torna excelente. O filme tem uma carga dramática forte e uns toques de comédia ótimos, as cenas na mesa de jantar da pensão são muito boas,todos os personagens são aproveitados, o lado romântico também é bem escrito, enfim, o roteiro é muito bom.
O elenco está divino. Saoirse Ronan entrega a melhor performance de sua carreira, com apenas 21 anos, já tem duas indicações ao Oscar no seu currículo e aqui se firma como uma das melhores atrizes de sua geração. Saoirse nos entrega uma Eilis encantadora, que começa tímida e depois vai ganhando segurança (Rooney Mara em Carol faz isso e também acertou em cheio), com carga dramática forte e um carisma acima da média, Saoirse é fundamental para que o filme dê certo. Emory Cohen está excelente também, ele tem uma química ótima com Saoirse, ele flerta com muito charme à todo tempo, os olhares que os dois trocam são intensos e românticos, meu casal favorito dos últimos anos. O elenco de apoio está muito bom também. Julie Walters está impagável, quase todas as cenas cômicas são protagonizadas por ela na mesa de jantar da pensão, ela é rápida e ilária. Destaque também para a pequena participação de Eva Birthistle, é bem pequena mesmo, mas ela rouba a cena.
5/5
98% de críticas no Rotten Tomatoes
88/100 no Mettacritic
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