sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Review: Trapaça

Trapaça (American Hustle - 2013)

Quando Trapaça saiu, foi aquele alvoroço todo dos críticos, notas altíssimas e unanimidades entre eles, até venceu o prêmio dos críticos de New York de melhor filme, aí muita expectativa se criou em cima do filme e decepções a parte, o filme não é tão bom assim.

David sempre foi brilhante em tudo que faz, escreve bem, dirige bem, consegue arrancar performances ótimas em todos seus filmes, o que não foi diferente aqui, mas parece que essa pressão de sempre fazer sucesso está afetando seus processos criativos. 

A história se baseia em dois trapaceiros, que são forçados a ajudar o FBI em investigações maiores. Embora tenha alguns diálogos brilhantes e impecáveis, a história como um todo não convence, o filme é longo e isso atrapalha um pouco, atira para todos os lados, querendo atingir todos os gêneros, porém essa técnica do David não dá  certo aqui, infelizmente. Os pontos altos do filme, são as performances, que são um delírio de perfeição. Amy Adams faz aqui, uma das melhores performances de sua carreira, com carga dramática bem feita e expressões faciais fora do comum e falando em expressões faciais, Jennifer Lawrence recebe de mão beijada uma personagem deliciosa e caricata (as vezes demais) mas com muito improviso e naturalidade, Jennifer Lawrence faz milagres em cena, é uma bomba atômica, que rouba TODAS as cenas que participa, fora ser a única que realmente nos faz rir. Bradley faz um trabalho excelente aqui, assim como o irreconhecível Bale, mas o destaque é do elenco feminino mesmo.

Só uma ressalva pro figurino, para trilha sonora e para maquiagem, todos impecáveis, visualmente falando também, que fotografia linda, David filma de um jeito único. 

Os "dramédias" do David dão ótimos, unindo vários gêneros em histórias realistas e convincentes, mas mesmo com as performances excelentes, Trapaça não se sai tão bem quanto O Labo Bom da Vida e nem O Vencedor, mas assistam, vale a pena pelas performances.

3.5/5

                                                 
                                 Jennifer e Amy destruindo tudo em uma das cenas mais épicas de 2013

Review: Vovô Sem Vergonha



Vovô Sem Vergonha (Jackass Presents: Bad Grandpa)

Vovô Sem Vergonha é um filme simples, com um roteiro básico, não é ambicioso e cumpre de forma grandiosa seus objetivos. Divertir e arrecadar uma boa bilheteria.

A história é sobre um vovô maluco que fica feliz ao ver sua esposa morta, querendo a tão sonhada liberdade, mas que vê seus planos jogados por água abaixo quando fica sabendo que terá que cuidar de um netinho. Os dois saem em uma viagem longa para ele deixar o menino com o pai, já que a mãe (sua filha) foi presa novamente.

Ao longo do filme, os dois passam por situações cabulosas, em espécia de pegadinhas, para as pessoas da rua/bares e etc, que não sabem que o filme está sendo rodado. O roteiro é cru, muito se deve da performances dos dois protagonistas, Johnny é realmente engraçado na pele do vovô, mas o destaque, sem sombra de dúvidas, vai para o Jackson Nicoll, que fa zo netinho, em uma cena em particular,é impossível não rir com esse menino, tão novo e com uma performance tão boa. A maquiagem está impecável, a trilha sonora também. A direção é mediana, assim como realizada nos outros filmes do Jeff Tremaine.

Jackass tem um humor forte que eu particularmente gosto e embora tenha sido amenizado em Vovô Sem Vergonha.ainda é presente. O problema do filme é que na metade pro final ele fica cansativo, com piadas repetitivas que parece que colocaram só para dar o tempo necessário ao filme, que foi gravado as pressas, talvez por isso que o filme soa como cru, pela rapidez das gravações, mas ainda sim, é um bom passatempo, dá pra rir bastante.

3.0/5





sábado, 25 de janeiro de 2014

Review: O Diabo Veste Prada

O Diabo Veste Prada ( The Devil Wears Prada - 2007)

O Diabo Veste Prada é uma comédia-romântica divertida, que conta com um elenco ótimo e com personagens perfeitos.

Tudo começa, quando Andrea é mandada para o escritório da diaba Miranda Priestly, por uma agência de empregos e acaba ficando com o cargo de secretária número dois, onde tem que desempenhar as atividades malucas e impossíveis, que sua chefe, editora chefe de uma grande revista de moda, pede a ela, e a história começa a se desenrolar daí.

David Frankel realiza aqui, o que ele costuma fazer em seus filmes, nada muito ambicioso, personagens que criam vínculo com o público, histórias que agradam todos, com um toque de comédia. Eu gosto da realização da direção dele nesse filme, ao contrário do apelativo Marley e Eu, o filme não é emocionalmente apelativo e nem tão aprofundado, mas dá pra ver de longe como Andrea se sente em relação a Miranda. O roteiro é bem escrito, com tiradas ótimas, mas o elenco é imprescindível pra que tudo aconteça bem.

Anne Hathaway que faz o papel principal, está em um contexto geral, bem, mas a sua personagem não permite explosões dramáticas, ou momentos de risos, então, a performance dela acaba sumindo quando Meryl Streep e Emily Blunt entram em cena, ambas não tão boazinhas, mas que conseguem encantar qualquer um, Streep trabalha como ninguém, suas caras e boas são impecáveis no papel de Miranda. O resto do elenco também cumpre o papel de maneira eficiente.

O que funciona em O Diabo Veste Prada,é que é tudo muito real, todos os personagens são reais, o diretor transmite isso claramente o filme todo, é a comédia com sacadas mais inteligentes, o romance sofrido, o drama do estresse das tarefas do cotidiano, mas que ainda falta algo. Talvez um pouco mais de comédia, talvez um pouco mais de romance, talvez um pouco mais de aprofundamento em alguns temas do filme, que mesmo com um defeitinho aqui e outro ali,continua sendo um clássico da década passada.

4.0/5

Uma lenda e duas atrizes dos anos 00, juntas, formam um trio perfeito







quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Review: Capitão Phillips


Capitão Phillips (Capitão Phillips – 2013)

Quando vi o trailer de Capitão Phillips, me animei muito, afinal, um suspense com piratas e Tom Hanks sendo indicado a tudo (ou quase, só faltou o Oscar) não poderia dar errado. E não é que não deu mesmo? Quer dizer, não é perfeito, mas atende as expectativas.

A história gira em torno de uma tripulação americana, que é atacada por piratas somalianos, e o Capitão Phillips se vê na responsabilidade de sua tripulação, e tenta de todas as formas salvá-los.

Eu não gosto da direção do Paul GreenGrass, principalmente depois do fraco Green Zone, mas ele faz aqui, uma ótima direção, pegando os melhores closes do Tom e do estreante Abdi. Embora o filme pudesse ser mais curto, o que o tornaria menos maçantes em algumas partes, o suspense se mantém bem, no início ao fim, o roteiro é bem escrito,  mostra os dois lados da história, tanto o lado dos americanos, quanto dos somalianos, o que é ótimo.

Tom Hanks realiza aqui, um ótimo trabalho, mas eu acho que faltou alguma coisa em sua performance, faltou força, talvez prejudicado pelo ritmo lento que o filme tem.  Barkhad Abdi fez um trabalho incrível e é pra ele o destaque do filme, o tom da voz dele, o olhar, é tudo milimetricamente bem feito, afinal, contracenar com o monstro Hanks, não deve ser fácil. Além dos dois estarem ótimos, tem Faysal Ahmed, que também é um estreante, mas não fica atrás para os seus companheiros de cena,  mesmo sendo um pouco caricato demais, as cenas que ele tem destaque, ele destrói.

Ter seu navio sequestrado por piratas, parece algo assustador, e Tom Hanks transmite isso muito bem, afinal, com um roteiro ótimo desse e uma direção bem executada, não foi difícil, mas ainda sim, Capitão Phillips poderia ter um ritmo melhor, se o filme fosse menor.

4.0/5

Três performances ótimas, em um filme tenso do começo ao fim 

Review: Um Olhar do Paraíso


Um Olhar do Paraíso ( The Lovely Bones - 2009)

Um Olhar do Paraíso é um drama diferenciado, além de conter suspense e contar com um elenco impecável, tem todo um bom trato com a edição e a fotografia.

A história é sobre uma garota que começa a conhecer e desvendar o seu primeiro amor e antes do seu primeiro beijo, é brutalmente assassinada e se vê presa entre o céu e a Terra, a trama gira em torno disso, do drama familiar, das investigações para descobrir o assassinato e a busca da garota por respostas.

Peter Jackson, que está acostumado com as grandes produções, com monstros e outros mundos, realiza aqui o seu trabalho mais humano, mais tocante, e embora deixe a impressão de ter deixado os atores de apoio um tanto quanto soltos, ainda sim realiza um trabalho impecável, com efeitos especiais maravilhosos, uma fotografia perfeita e uma trilha sonora ótima.

Saoirse Ronan realiza a melhor performance de sua carreira, não tem como não se envolver com a garota Salmão, ela tem uma carga dramática pesada, e mostra toda a sua força conforme o filme vai passando e em um ano onde o Oscar estava tão fraco em categorias de atriz, a esnobada foi ridícula. Stanley Tucci realiza um vilão perfeito, desprezível, um psicopata frio e calculista, que faz qualquer um enojá-lo. Susan Sarandon também faz um ótimo trabalho, dando o ar da graça no filme. Rachel Weisz realiza aqui, um trabalho tão bom, quanto todas suas performances, com a carga dramática necessária. Só senti o Mark Wahlberg um pouco fraco e destoando do resto do elenco, faltou a carga dramática, embora as explosões de fúria dele sejam ótimas.

Temos aqui uma obra prima de 2009, aquele filme que infelizmente não agradou a crítica, mas que contém todos os elementos que um filme precisa ter, um elenco impecável, uma direção excelente, um roteiro bem escrito, efeitos especiais e fotografia de fazer qualquer um babar.

4.5/5

Saoirse Ronan, uma promessa que provavelmente se tornará tão grande quanto Cate Blanchett

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Currículo: Olivia Wilde

O Currículo será uma coluna onde duas vezes na semana, falarei sobre os principais trabalhos e prêmios de um determinado ator ou atriz, hoje começaremos com uma atriz em ascensão, e que em 2013 se envolveu em ótimos projetos.

Nasceu em Nova York, no dia 10 de Março de 1984 (29 anos), tem dupla nacionalidade (Americana e Irlandesa), é vegetariana e cresceu em uma família de alguns jornalistas e críticos.

 Sua carreira começou na série Skin, em 2003, onde já ganhou atenção e olhares" Hollywoodianos", no ano seguinte, participou da série The O.C, um estranho no Paraíso, onde também recebeu atenção de todos.

Olivia em The O.C Um Estranho no Paraíso

Seu primeiro trabalho no cinema, foi no filme Show de Vizinha, em 2004, com uma pequena participação, logo após fez alguns projetos mais independentes, na maioria das vezes como coadjuvante, Olivia protagonizou o fraco Turistas, que foi fracasso de crítica e bilheteria, embora sua performance estivesse boa. 

Olivia em Turistas

Após alguns fracassos no cinema, Olivia voltou para a televisão, onde roubou todos os olhares na série House, ganhou visibilidade, permaneceu na série de 2007 até 2011, recebendo uma indicação ao SAG por melhor Elenco de série dramática. Abaixo, temos uma foto dela em House.


Olivia no fenômeno House

Depois de ter um ano mediano em 2012, Olivia finalmente acertou nos projetos em 2013, embora nenhum dos 3 filmes que ela fez, tenha uma bilheteria estrondosa, os três tiveram notas ótimas dos críticos, Ela faz uma pequena participação em Ela (que recebeu 5 indicações ao Oscar esse ano), é coadjuvante em Hush - No Limite da Emoção e protagonista no fracasso de bilheteria (infelizmente) em Drinking Buddies. Abaixo, temos uma foto dela em Rush - No Limite da Emoção.

Olivia em Rush

Para 2014, Olivia não tem nenhum trabalho que parece promissor, mas a comédia The Longest Week, parece que será legal. E esperamos um dia que essa atriz que está em ascensão, ganhe algum prêmio significativo e se envolva em projetos tão bons, quanto em 2013

Pra fechar com chave de Ouro, o melhor look da Olivia:


Review:Uma Noite de Crime


Uma Noite de Crime (The Purge - 2013)

Aquela ideia brilhante, mas difícil de ser executada sem cair nos clichês do gênero, assim começa o desenvolvimento de The Purge.

O filme que trás consigo uma ideia legal, carrega também clichês, o que me incomoda bastante. Algumas cenas são previsíveis, mas mesmo assim o filme ainda consegue prender bem a atenção. As performances estão medianas, até mesmo questionáveis. A direção permeia entre o médio/bom, o desenvolvimento de trama como um todo é bom, trazendo alguns momentos bem legais.

 A ideia de ter um dia por ano onde todos os crimes são permitidos é muito boa, com personagens que não formam um vínculo com o público e que mesmo assim, o filme consegue ser coerente e ter um roteiro ótimo, The Purge tem o resultado final desejado, as lacunas e falhas são perceptíveis ao longo do filme, mas o suspense está ali, você sente, é agonizante.

3.0/5

Ethan, em uma performance quase boa, mas só quase

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Review: O Impossível



O Impossível (The Impossible) – 2012

O filme começa com a difícil missão de retratar fatos verídicos, de uma maneira real para o público, sem ficar maçante. Pois bem, fez seu trabalho de uma forma maravilhosa.

O diretor conduz muito bem todos os processos, sabe manipular as emoções do público, utilizando os efeitos sonoros de um modo esperto, dramatizando a separação da família central e extraindo o melhor dos 3 atores principais. O roteiro é bem planejado, em nenhum momento o filme fica morno, as performances estão excelentes, Naomi Watts mais uma vez se mostra talentosa e embora esteja em um papel mais “fácil”, faz valer sua segunda indicação ao Oscar.

The Impossible é um filme forte e emocionante, bom em muitas partes e ótimos em outras, que consegue agradar os críticos profissionais e o público, já que além da cena do tsuname ser ótima, os personagens criam um vínculo forte com o público.

4.5/5

Naomi e Tom, em performances ótimas

Review: A Morte do Demônio

A Morte do Demônio (Evil Dead) – 2013

Evil Dead é a prova que o gore muitas vezes, tende a ser patético e cômico.

Os elementos usados são clichês, o filme acaba se perdendo da metade para o final, se tornando em um belo desastre, o final então? Chega a ser ridículo. É o típico filme em que o diretor tenta ser inteligente ou visionário (nesse caso em específico, não tão visionário) e se estrepa, pois a "marmotagem" do roteiro se torna tamanha, que a não ser quem seja fã do original (que é bem diferente desse), vai odiar.

Como eu disse anteriormente, o roteiro acaba se perdendo na metade do filme, fica sem nexo e chato. O elenco é ruim, embora  Jany  Levy tenha feito um ótimo trabalho, acertando muito em algumas cenas, o resto de elenco é fraco e descartável.

Cada vez mais os filmes de terror estão vindo fracos e clichês, o gore excessivo de Evil Dead se torna chato e previsível, uma pena, já que a expectativa foi grande.

1.5/5

Jane, sendo a única coisa honesta do filme

Review: Orações Para Bobby

Orações Para Bobby (Prayers for Bobby) – 2009

Quando a temática gay é centralizada em algum filme, eu já fico com o pé atrás, mas me surpreendi muito com esse filme maravilhoso que é simples, mas devastador.

O roteiro é bem escrito, o elenco de apoio é ótimo e o filme tem um andamento bom, mas o destaque é para a Sigourney  Weaver, que destrói a cada cena, além de carregar uma carga dramática poderosa, Weaver brilha em uma de suas melhores performances. Ryan também faz um bom trabalho e encarna um gay atormentado pela rejeição de sua mãe. Com o passar dos minutos, vivenciamos a angústia do personagem principal e mais pra frente, vivenciamos a angústia da personagem da Sigourney, o filme cria laço com expectador,isso é um ponto positivo grande.

O drama é bem feito, baseado em uma história real, o que daquele toque a mais de tristeza.  O resultado final é excelente, a junção do roteiro bom, com as performances  boas, dá em um excelente filme.

4.5/5

Duas performances excelentes que mereciam ganhar SAGs, GGs e Emmys

Review: Chamada de Emergência

Chamada de Emergência - The Call (2013)

The Call veio repleto de clichês e com um roteiro mediano, aquele filme que tem tudo pra dar errado, não é? Não. Brad Anderson contornou bem os clichês que o gênero carregava, conseguiu elaborar um suspense do começo ao fim, e ainda arrancar uma boa performance da Halle.

O desenvolvimento do enredo é feito de uma forma boa, com uma aceleração esperada no final, nenhum fio fica solto ao longo do filme, é de fácil compreensão e de fácil aceitação da parte do público e da parte dos críticos.

O suspense é feito de uma forma funcional, consegue atingir bem o objetivo, a aflição é contínua e na medida certa, os clichês são contornados e o objetivo final é alcançado, não é um filme inovador, mas no final, sai melhor do que a encomenda.

3.5/5

Halle fazendo uma performance ótima, após inúmeros projetos ruins

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Review: Em Chamas

Jogos Vorazes: Em Chamas (Catching Fire - 2013)

Quando Jogos Vorazes chegou aos cinemas, quebrando recordes nos Estados Unidos, faturando mais que qualquer filme da Saga Crepúsculo e qualquer filme do fenômeno Harry Potter, além de ser ovacionado pela crítica, muito se esperava de Em Chamas, as expectativas foram enormes e superadas. É importante frisar que mesmo sendo uma saga para Adolescentes, o filme não trata os mesmo como tolos e superficiais, é um filme maduro, para adolescentes e adultos maduros.

Além de ter um roteiro muito mais rico que seu antecessor, as performances estão bem superiores, Jennifer Lawrence dá um show e mostra mais uma vez, que está em alta e cotada para ser a melhor da sua geração. A direção está impecável, a fotografia também, a única falha do filme, são os efeitos sonoros sendo usados de uma forma impertinente.  Os diálogos são profundos, o filme trata de uma maneira mais bem feita, sobre os problemas sociais.

Sendo totalmente imparcial e olhando por uma forma mais crítica, dá para entender “Em Chamas” ser tão bem elogiado pelos críticos, o filme é dilacerador, é emocionante, cada diálogo é único, performances únicas, temos aqui provavelmente, o melhor filme da Saga.

5/5

Jennifer Lawrence, se mostrando de longe, a melhor heroína do século

Review: A Hospedeira

A Hospedeira (The Host – 2013)

A Hospedeira foi tão bombardeada de críticas negativas, que embora eu ache a Saoirse Ronan uma das melhores atrizes de sua geração, eu assisti sem expectativa nenhuma. A verdade é que o filme não é uma obra prima, mas passa longe de ser tão ruim quanto às adaptações pífias da Saga Crepúsculo, já que estamos falando da mesma autora das obras literárias que deram vida aos filmes.

O roteiro é simples, raso, alguns diálogos são maçantes e esse se torna o ponto fraco do filme, mas mesmo assim, o roteiro é trabalhado de uma forma agradável, ele vai se desenvolvendo de uma forma boa, aonde vai surgindo uma evolução do meio para o fim, Saoirse Ronan mais uma vez se mostra ótima, afinal, ser nomeada ao Oscar tão nova, deu indícios de que algo bom estava por vir. Diane Kruger também está muito bem como vilã.

A história é até interessante, o romance é tratado de modo convincente e a ação é deixada de lado, os diálogos são cansativos, mas há algo bom a se ver, não é um filme técnico, veja como um passa tempo e mesmo se não gostar da Saga Crepúsculo que realmente é muito ruim, fique pela Saoirse, vale a pena.

2.5/5

Saoirse, salvando um filme que tinha tudo pra dar errado.

Review: Para Sempre

Para Sempre (The Vow) – 2012

Quando falamos de romances com toques de drama, pensamos em clichês na mesma hora, com The Vow, não foi diferente.

A adaptação feita do livro para o filme, não foi tão bem sucedida, mudaram algumas coisas, deixaram outras mais suaves, tirando um pouco da “força” e da carga dramática que o livro carregava, embora o filme seja carregado de clichês, não é de todo ruim, aliás, o roteiro tem uns pontos fortes, o filme não fica em nenhum momento “morno” ou parado, a história centralizada fica em um contexto geral, boa.

O diretor faz um bom trabalho, conduz bem o elenco, a fotografia do filme está boa também, assim como o roteiro também. Tatum mostra uma evolução clara, chegando ao ponto alto de sua carreira, mostrando-se promissor com o amadurecimento que vai ter durante os próximos anos.  McAdams está mediana e em alguns momentos se mostra fraca.

A luta constante de o marido reconquistar a esposa com amnésia, o ex-noivo voltando, a família escondendo segredos e as decisões difíceis que a Paige tem que tomar, se tornam os pontos altos do roteiro, que ainda sim com clichês, se sobressai um pouco acima da média nesse gênero tão agradável e difícil de ser bem feito nos dias de hoje.

3.0/5

Channing surpreendendo com uma atuação ótima e Rachel não arriscando mais uma vez

Review: Missão Madrinha de Casamento

Missão Madrinha de Casamento - 2011 (Bridesmaids)

As comédias puras estão cada vez mais difíceis de serem bem feitas, piadas repetitivas, clichês sem tamanho e performances fracas, tem sido marca registrada das comédias dos últimos anos, mas com Missão Madrinha de Casamento, a história foi totalmente diferente.

O diferencial do filme são as sequências cômicas, são várias e realmente te fazem rir muito, não com aquele humor barato que se vê por aí e nem tenta ter aquele humor inteligente desagradável, mas o bom e velho humor, repleto de performances maravilhosas, a começar pela protagonista Kristen Wiig, que além de ser uma ótima atriz, escreveu o roteiro de maneira única, performance digna de atenção dos críticos, além de ter um elenco de apoio muito bom, uma direção impecável, um roteiro bem escrito, o filme como um todo é perfeito.

Se Beber Não Case? Gente Grande? Qualquer outro filme( ou pseudos a filmes, no caso desses dois) de comédia fica no chinelo quando o assunto é Missão Madrinha de Casamento, todos os outros filmes de comédia dos últimos anos ficam no chinelo.

5/5

Kristen Wiig dando um show de comédia em uma interpretação merecedora de indicação ao Oscar


Review: Gravidade

Gravidade (Gravity - 2013)

Quando as críticas de Gravidade começaram a sair, uma questão ficou em minha cabeça, a unanimidade das notas máximas, era justa ou não? Sim, é justa, é justíssima.

Temos aqui , a melhor direção do ano, sim, vem indicação ao Oscar para o Alfonso, ele é simplesmente brilhante.  A Fotografia e os Efeitos Especiais conseguem ser perfeitos, brilhantes, você realmente terá a sensação de estar no espaço.  Sandra Bullock finalmente faz uma performance excelente, temos aqui  a melhor performance de sua carreira. O roteiro é excelente, bem amarrado, quando parece que as coisas vão se acalmar, temos mais emoções pela frente.

Agonizante, emocionante, dilacerador, sim, o filme merece esse título de “filme do ano” e para mim, é o filme da década.

5/5

Sandra Bullock, na melhor performance de sua carreira ( Que não é repleta de performances boas)

Review: Invocação do Mal

Invocação do Mal - (The Conjuring - 2013)

Invocação do Mal veio com uma missão difícil: Superar os clichês de gênero e não fugir da realidade dos fatos, já que é baseado em fatos reais. Embora alguns eventos no filme, tenham certa indução, pelo o que eu li em sites e o que eu ouvi em entrevistas dos personagens reais, ainda sim, é coerente e condizente com o que realmente aconteceu (exceto pelo final).

O roteiro é muito bem escrito, os elementos de suspense e as cenas de terror são bem feitas, envolvidas por performances muito boas. Patrick e Lili estão muito bem, muito bem mesmo, e como sempre, Vera dá um show de performance. James Wan conduz o filme muito bem, como de costume. O destaque vai para a quantidade de sustos propositalmente feitos para os amantes de terror, sim, você vai se assustar muito, em nenhuma parte o filme fica morno, sempre tem algo para acontecer e embora o final não seja surpreendente, ele dilacera, destrói e emociona, nas cenas finais, Lili e Vera se saem muito bem mesmo.

Não é um filme inovador, passa longe disso, mas em um gênero onde quase tudo o que se faz, fica ruim, Invocação do Mal é um alívio, uma luz no fim do túnel, o terror ainda tem esperança.

4.5/5


Review: How I Live Now

How I Live Now – 2013

O tema de guerra futurista, caos nas populações e etc, vem se tornando um prato cheio para o cinema, muitas vezes assertivo, algumas vezes não, mas o conjunto da obra que How I Live Now traz, é em um geral, ótimo.

O filme encontra dois problemas grandes, envolver drama, romance, suspense, guerra e ação de uma forma intensa, da à impressão que o filme sai atirando para todos os lados, tentando se sair bem em todos, e se não fosse pelo romance mal construído, realmente se sairia muito bem. O outro problema é tentar criar esse clima de romance, que realmente não convence, até mesmo pelo pouco tempo que o casal principal se conhece. Tirando isso, o filme tem lados positivos fortes, como mais uma vez uma performance ótima da Saoirse, que mesmo com um elenco de apoio razoável, carrega boa parte do filme nas costas, temos uma fotografia muito bonita, uma direção ótima, bem construída, convincente e um roteiro bem escrito.

Não é original, ou inovador, mas tem algo especial, não é o romance que move o filme, não mesmo, esse é o ponto fraco do filme, mas a luta pela sobrevivência, a personagem forte que Saoirse interpreta e o suspense que envolve a guerra que realmente atrai. Um belo filme independente inglês, um prato cheio, mesmo com suas rupturas.

4.0/5

O casal que não convence, mesmo com a performance brilhante da Saoirse Ronan

domingo, 19 de janeiro de 2014

Review: Você é o Próximo

Você é o Próximo (You're Next - 2013)

O gore tem sido decepcionante ao longo dos anos, sangue e mais sangue sem nenhum roteiro descente, e Evil Dead foi a gota d’água em 2013, mas quando estávamos sem esperanças sobre o gênero, eis que surge You’re Next, com sangue, roteiro e direção que funcionam bem e uma protagonista ótima.

A história é simples, o orçamento que gastaram nesse filme é quase nulo, talvez por isso que o elenco de apoio seja tão fraco, outra coisa que me incomodou foi a trilha sonora, que mesmo fugindo do convencional, não ajuda, mas tirando isso, uma mentirinha aqui e outra ali, típica de filmes assim, o filme é ótimo. A começar pela protagonista, que não é burra, o que já é um ótimo começo, o roteiro é bem escrito, a direção é executada eficazmente, e embora algumas performances sejam sofríveis, tanto a protagonista, como o antagonista, fazem um ótimo trabalho.

O que é mais tenso em You’re Next, é que não é um grupo de jovens ali, presos, morrendo um a um, e sim uma família, é um sofrimento enorme, do começo ao fim, e o filme todo consegue ser dilacerante, desde os 20 primeiros minutos, até o último segundo.

4.0/5


Uma interpretação digna, de uma personagem de terror maravilhosa

Review: Os Suspeitos

Os Suspeitos (Prisoners- 2013)

Os Suspeitos parece ser aquele típico filme Indie, com baixo orçamento, mas de qualidade alta, o orçamento não foi baixo, o elenco excelente, a direção é ótima e a fotografia também.

O filme seria perfeito, caso não existisse os três segundos finais, não sei o que se passou na cabeça do Denis para fazer esse final, mas fora isso, o filme é impecável, em todos os sentidos. O elenco está maravilhoso, Jake cresce com o filme,  mas o destaque vai para Hugh, uma das melhores, arrisco dizer a melhor performance da vida dele, ele se entrega e chega ao ápice de sua carreira.  O roteiro é bem escrito e fica bem amarrado até os minutos finais, as “mini reviravoltas” que o filme vai dando, torna-o muito angustiante e com um “pré-final “ dilacerador.

O filme é bom, convence, não é inovador, mas funciona perfeitamente nas mais de 2h de duração, a direção é bem executada, o elenco é magnifico, assim como o roteiro.  Os Suspeitos traz toda a sensação de filmes independentes, mas que no seu resultado final, se sai melhor que a encomenda.

4.5/5




Hugh destruindo, se destacando em um elenco tão impecável