3096 Dias (3096 Tage - 2013)
Quando a história de Natasha Kampusch veio à tona, foi um reboliço no mundo todo, a garota que sobreviveu por anos em um cativeiro, que parecia dar um ótimo filme e deu.
O filme começa mostrando rapidamente a relação que a pequena Natasha tinha com os pais antes de ser sequestrada por um psicopata, e daí o filme começa a se desenrolar, com apenas 10 anos, Natasha é sequestrada e começa a ser torturada por um maluco infeliz, que casa vez mais, vai judiando da menina, ela por sua vez, tenta fugir algumas vezes, mas sempre as tentativas falham, e o filme vai se desenrolando daí.
O roteiro é bom, mas não ótimo, os momentos de suspense são bem feitos, impulsionados por boas performances, mas o filme não prende tanto, que já todos nós sabemos o final, talvez para quem não conhece a história de Natasha, pode ser até mais angustiante.
Sherry Hormann, realiza um trabalho cru, típico de filme europeu, com performances ótimas, mas ainda sim um trabalho cru, com pouco drama, sem efeitos sonoros, com o cenário sórdido e com todo o clima frio do filme, isso geralmente é uma qualidade, mas em 3096 dias, faltou a emoção e o drama necessário para transmitir a história de Natasha, que é por si só, devastadora.
As performances funcionam, o antagonista realiza um bom trabalho, mas o destaque é para Antonia Campbell-Hughes, que interpreta a Natasha mais velha e se entrega de corpo e alma para o papel, a performance mirim da Amelia Pidgeon também funciona bem.
Embora o filme tenha várias qualidades e performances memoráveis, ainda falta aquele melodrama estadunidense que quase sempre é exagero, o filme é cru e sem emoção, o que nesse caso específico de filme, a falta de humanismo no filme, deixa a desejar.
3.3/5
Duas ótimas performances, em uma história tão chocante
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