segunda-feira, 28 de julho de 2014

Review: P.S I Love You

P.S Eu Te Amo (P.S I Love You - 2007)

P.S Eu Te Amo é um romance/drama , com um toque de comédia que tem uma premissa legal, com uma performance ótima da Hilary Swank, com um roteiro bom (como não li o livro, não posso dizer se foi bem adaptado), mas com alguns erros de direção e com alguns pontos que deixam a desejar.

A história começa com uma briga entre o casal de apaixonados Gerry (interpretado pelo Gerard Butler, que fez um trabalho razoável) e Holly (Hilary Swank, sempre incrível), a situação financeira de ambos não é das melhores e eles discutem como um casal comum, há muto amor entre os dois, as primeiras cenas mostram bem isso, mas depois de 10 anos juntos, Gerry vem a falecer, deixando uma série de cartas e tarefas para sua esposa "superar" a perda

.

A história é legal, não é inovadora e nem vai redefinir o gênero, mas é legal, acho que o diretor tinha um bom material para trabalhar e infelizmente não conseguiu criar um climax convincente, muito do que acontece ali se deve a performance da Hilary e a história de perda, que realmente é forte, mas o filme sofre da altos e baixos.

Richard LaGravenese é um diretor que trabalha mais como roteirista, dos filmes que ele dirigiu até 2007, eu vi só "Escritores da Liberdade" que é um bom filme, mas não chega a ser ótimo, mas como roteirista, realizou ótimos trabalhos após P.S, "Água Para Elefantes" e "A Condenação" são bons exemplos disso, mas aqui ele deixa algumas pontas soltas, como eu disse antes, falta um climax adequado, o filme teria dado mais certo se fosse um romance/drama, sem as tentativas de fazer rir que em algumas cenas, chegam a ser vergonhosas. A edição é um pouco amadora em alguns momentos, principalmente no começo do filme, a gente mal cria vínculo com o Gerry e ele some.

O elenco é carregado por Hilary Swank que faz uma performance ótima, na medida, sem exageros ou faltas, ela consegue ter uma boa carga dramática, embora eu ache que ela combina mais com personagens menos delicadas e mais "fortes", mas é o que eu disse lá em cima, muito do que o filme é acontece, é pela Hilary, o vínculo criado com sua personagem é imediato e ela cumpre um bom papel. Gerald Butler não é o ideal, mas também cumpre seu papel, Lisa Kudrow dá o toque do comédia pro filme que eu acho bem desnecessário, embora goste da atriz, e Kathy Bates também faz um ótimo papel, sua carga dramática também me agrada muito (como não amar essa mulher?), o resto do elenco é bem esquecível.

A maquiagem e o figurino estão ótimos, a fotografia me agrada também e a trilha sonora (embora em uma cena seja totalmente equivocada) também está boa.

P.S Eu Te Amo é o típico filme com uma história ótima, mas que não inova, com alguns erros de direção e edição, mas que não deixam de tirar o saldo positivo que o filme consegue ao longo dos minutos em tela.

3.0/5

29% de críticas positivas no Rotten Tomatoes
39/100 no Mettacritic



                                            Hilary em uma das melhores cenas do filme




quarta-feira, 16 de julho de 2014

Review: 12 Anos de Escravidão

12 Anos de Escravidão (12 Years a Slave - 2013)

Muito se comentou sobre o vencedor do Oscar de melhor filme de 2013 esse ano, eu sinceramente não achei justo em vários aspectos, mas mesmo não gostando da direção audaciosa de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão é um filme quase excelente.

A história se trata de um negro livre, que é enganado e levado para outro Estado, onde a abolição da escravidão ainda não foi executada. Solomon passa por mais de uma fazenda e come o pão que o diabo amaçou durantes esses anos e isso é mostrado de forma bem crua.



O filme é baseado em fatos reais, o que torna tudo muito mais real, mais agonizante, mais terrível e Mcqueen sabe disso, ele brinca com isso e manipula tudo com a intenção de chocar e emocionar o público, o que é natural em um filme como esse, mas eu acho que as artimanhas de aproximar a câmera nas partes do corpo que está em carne viva, ou dar ênfase demais ao sofrimento, enfim, exagerar um pouco nesse sentido, se torna o maior defeito do filme, isso se deve um pouco ao roteirista, mas muito mais ao Mcqueen. Não estou dizendo que teria que ser mais "cor de rosa", eu adoro filmes realistas, mas Mcqueen brinca com o público e manipula a câmera para chocar.

Mesmo com o defeito apontado, mesmo eu não gostando da direção realizada aqui, Mcqueen tem um resultado positivo, muito se deve ao conjunto da obra, roteiro bom, fotografia boa, na medida do possível, performances ótimas, isso acaba trazendo bons resultados para o diretor que executou o excelente Hunger e o ótimo Shame de maneira exemplar. Somando tudo isso, Mcqueen parece ser um bom diretor, têm três filmes beirando ao excelente no currículo, mais um montão de prêmios a seu favor.

As performances são um show a parte, Chiwetel Ejiofor tá esperando seu Oscar até agora, merecia muito mais que Lupita, ele constrói um Solomon perfeito, todo o sofrimento, toda a fúria, tudo é passado de forma fiel e convincente. Michael Fassbender também faz um bom trabalho. Lupita Nyong'o, atriz estreante, mesmo que tenha aparecido pouco, faz um trabalho excelente em cena, mostra que não veio para brincar e de cara já levou um Oscar. Destaque também para o promissor Paul Dano, que aparece pouquíssimo, mas brilha em cena. E como não amar Sarah Paulson? Ela está divina, pena que a categoria de coadjuvante estava forte esse ano, pena.

Eu poderia elogiar muito mais o filme do que eu elogiei, afinal, é um conjunto de obra excelente, temos uma boa história, com um diretor que só faz filme bom, um bom roteirista, bons efeitos sonoros, bons atores, o resulto é mais do que positivo, levou o Oscar de melhor filme e mesmo eu achando Gravidade e Philomena filmes melhores em alguns aspectos, 12 Anos é sem dúvida, um dos melhores filmes de 2013.

4.8/5

Média 97/100 no Mettacritic
97% de críticas positivas no Rotten Tomatoes



                           Ejiofor na performance de sua vida, pena que o Oscar não viu isso.


domingo, 13 de julho de 2014

Review: A Culpa É Das Estrelas



A Culpa é Das Estrelas ( The Fault in Our Stars - 2014)

Desde de que a adaptação do fenômeno mundial do escritor John Green foi anunciada, muito se especulou sobre o filme, embora tenha um diretor quase estreante e um roteiro com alguns exageros, o resultado em A Culpa é Das estrelas ainda é positivo.

Hazel é uma jovem que convive com o câncer há um tempo e já está conformada com a morte que virá mais cedo ou mais tarde, ela tem medo de machucar todas as pessoas que são do seu convívio, pois sabe que logo vai partir desse mundo, então, não costuma fazer amigos, isso muda quando ela começa a frequentar um grupo de apoio e conhece Gus, um jovem charmoso e alegre e a história começa a se desenvolver daí.



A comparação com Now Is Good é imediata, as histórias são parecidas, mas mesmo sendo menos cru, A Culpa é Das Estrelas ainda tem uma narrativa melhor.