segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Performances: Top 5 da Amy Adams

Top 5 Amy Adams



Hoje vamos falar de Amy Adams (Amy Lou Adams), atriz e cantora, que tem 40 anos e 5 indicações ao Oscar, tem conquistado os corações dos cinéfilos em todo o mundo. Não assisti todos os seus filmes, mas vi boa parte deles.

Adams começou a fazer filmes em 1999 e depois disso não parou mais, nos últimos 9 anos, somou 5 indicações ao Oscar, 2 Globos de Ouro, 1 SAG e mais um punhado de prêmios da crítica por suas performances marcantes.

5 - O Vencedor (The Fighter - 2010)

Entrando para o time de David.O.Russel pela primeira vez, Amy conseguiu seu destaque no longa O Lutador, Amy faz o papel da namorado do lutador, e embora sua personagem não tenha explosões dramáticas, Amy faz um trabalho convincente, fora que conseguir seu espaço onde Christian Bale e Melissa Leo (vencedores do Oscar pelos papéis) estão impecáveis não é fácil correto?

Amy venceu os prêmios da crítica de Las Vegas e Detroit, como atriz coadjuvante e foi indicada ao Oscar, Globo de  Ouro, BAFTA, SAG e CCA.



4 - Encantada (Enchanted - 2007)

Com um papel fora do convencional para a Academia, Amy faz a princesa Giselle no longa da Disney "Encantada". Tem como não amar a Amy nesse filme? Não imagino nenhuma Giselle além dela, Amy nos brinda com uma performance na medida, encaixada e milimetricamente perfeita.

Indicada ao Globo de Ouro na categoria de comédia e ao CCA na categoria de melhor atriz, Amy não chegou as premiações maiores, mas foi indicada em alguns prêmios da crítica também.



3 - O Mestre ( The Master - 2012)

No polêmico The Master do brilhante Paul Thomas Anderson, Amy Adams sofre do mesmo "mal" que sofreu em "A Dúvida" e em " O Lutador", tem uma personagem que na teoria, tem menos potencial de render algo que os outros, Amy tem esse dom de pegar papéis medianos e transformá-los em algo especial, mas aqui se fez ainda mais, Amy dá acarga dramática necessária a sua personagem e nos brinda com uma atuação ótima, a melhor do ano em sua categoria, não ficando muito atrás do Phoenix e Hoffman, que estão excelentes também.

Amy era a melhor da categoria, merecia ganhar o Oscar, mas deve ter ficado na segunda ou terceira colocação na votação final da Academia, Além de ter sido indicada ao Oscar, BAFTA, Globo eOuro e CCA, Amy venceu 7 prêmios da crítica



2 -  Trapaça (American Hustle -2013)

Enquanto na maioria dos filmes em que Amy ganha destaque, seus papéis são de coadjuvante e sempre sobra pouco para se extrair, em Trapaça o cenário é totalmente diferente. Amy tem o papel mais interessante e novamente faz um bom trabalho, se saindo como a melhor do filme em um elenco que está ótimo. Amy interpreta uma trapaceira que não tem um coração ruim e só faz tudo o que faz por amor, sem muitas explosões dramáticas, entrega o que precisa e novamente nos brinda com uma performance excelente

Amy foi indicada ao Oscar, BAFTA e venceu o Globo de Ouro eo CCA na categoria de comédia, além de vencer o SAG de melhor elenco. Foi indicada à 8 prêmios da crítica e ficou em segundo lugar no de Nova York.



1 - Retratos de Família ( Junebug- 2005)

Chegamos então a melhor performance da Amy, retratos de Família não é um filme bom, é bem parado e massante, mas Amy é o ponto positivo do filme, faz uma performance marcante, com um papel que não parece que daria em alguma coisa, mas Adams mais uma vez brinca com seu carisma e nos momentos dramáticos segura as pontas como ninguém.

Venceu um Independent Spirit Awards, um CCA e era front-runner da temporada. De fato, Amy era a segunda melhor do ano, que estava com performances ótimas, mas mesmo assim levou 7 prêmios da crítica para casa e foi indicada ao SAG e Oscar.



Linda e talentosa!!








segunda-feira, 3 de novembro de 2014

CineMusicalidade: 1989 - Taylor Swift

1989 - Taylor Swift (2014)

1989 é o quinto álbum de estúdio da Taylor Swift,  uma cantora e compositora norte-americana, onde ela oficialmente abandona seu estilo Pop-Country e mergulha em um Pop contemporâneo.

Taylor atingiu o patamar máximo de sucesso no EUA, seus singles vendem bem e tocam muito nas rádios, seus álbuns vendem que nem água e sua base de fãs é fiel, mesmo com a mudança de estilo. Essa mudança foi acontecendo aos poucos, de forma sutil, mas agora é evidente que Taylor é uma cantora country.

1989 tem uma pegada pop legal, dá pra ver o quanto Taylor amadureceu, ela não é mais aquela garotinha romântica de Love Story e nem a magoada de Breath, ela não está nem aí. Isso é bom? Sim, mostra maturidade até em suas melodias, mas tem seu lado negativo, Taylor é uma das melhores compositoras (se não a melhor) que surgiu nos últimos dez anos, ela escreve de amor com facilidade e faz músicas inteligentes, sem parecer clichê, não espere em 1989 músicas tão bem escritas como Last Kiss, I Almost Do ou All To Well, você não encontrará.

O 1# single escolhido foi a agitada Shake It Off, que a primeiro momento, parece mais uma fórmula clichê para o sucesso, mas com o tempo, percebe-se que é uma ótima música, com letra pra cima e batidas viciantes, A segunda música vazada já decepciona um pouco, Out Of The Woods tem um refrão cansativo e uma letra batida. A última música lançada foi Welcome to New York, que também abre o álbum e permeia entre bom e mediano. Style e Blank Space seguem a linha comercial com qualidade, ambas tem bom potencial para single e provavelmente serão. Só uma ressalva para outras duas músicas ótimas, Bad Blood tem uma pegada colegial ótima e uma letra bem legal e Wildest Dreams é a "balada" do álbum, se Taylor não escolher como single, eu corto meus pulsos. O resto do álbum é bom,letras legais e melodias boas,

Embora o álbum seja muito bom,poderia ter ficado melhor se New Romantics tivesse ficado no standart e não no deluxe, já que é a melhor música que a Taylor gravou para o álbum

Após 8 anos do lançamento do seu primeiro álbum, Swift mostra que não é mais uma garota, embora as letras não sejam mais tão bem escritas, o talento é evidente, o pop é bom e o álbum em um geral, é ótimo.

Destaques: New Romantics, Wildest Dreams e Shake It Off
Descartes: NENHUM

4.0/5

Média 76/100 no Mettacritic.






quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Review: Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Estou de volta rs, depois de 5 meses afastados do blog por motivos pessoais (problemas sentimentais, falta de tempo, etc), eu estou de volta e como estamos quase chegando na temporada de premiações, nada mais justo do que começar a falar sobre o filme que representará o Brasil (caso chegue entre os 5 mais votados da categoria) no Oscar de 2014.

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho - 2014

Para quem ainda não viu o curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, não se preocupe, o filme mantém as cenas principais do curta.

Desde que foi lançado, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho chamou bastante atenção dos críticos, venceu prêmios importantes no Festival de Berlim e teve boa aceitação do público em geral.

A história gira em torno da vida de Leonardo,um menino de classe média-alta, deficiente visual, que está passando por uma adolescência turbulenta, cheia de descobertas. Sua amiga Giovana é como um braço direito para ele, leva ele para casa, fica boa parte do dia com ele e demonstra ser sempre prestativa. A vida de Leo começa a mudar quando Gabriel chega em seu colégio, eles viram amigos e Leo começa a se atrair por Gabriel. A história se desenvolve daí.



Talvez seja um defeito, mas os pontos positivos são bem positivos e os negativos também, o que torna o a minha resenha totalmente contraditória, então, não se espantem.

Daniel Ribeiro faz sua estréia como diretor/roteirista de longa-metragem e consegue um bom resultado aqui, mas se tivesse corrido mais riscos, teria feito um trabalho ainda melhor. Leo é o motivo para ficar, não só a performance adequada do promissor Guilherme Lobo e sim a personagem, é simplesmente genial, mesmo que o filme seja um pouco previsível, Leo é a razão para ficar.

O roteiro do filme é limpo, os temas homossexualidade e deficiência visual estão presentes, mas são secundários, o filme se trate de amor! Puro, jovem, bonito, amor e nada mais. Talvez seja por isso que passa a impressão de ser um pouco vazio Teria mais coisas para acontecer, se Daniel tivesse arriscado um pouco mais, mas ainda sim é um bom roteiro.

A fotografia é homogenia e limpa, tudo está bem adequado com o filme, todas as cenas tem começo, meio e fim. A trilha sonora é um show a parte, muito boa mesmo.

As performances são em um geral, médias, não vejo ninguém que destoe e o único que realmente se mostra acima da média é Guilherme Lobo, que tem em suas mãos a personagem que é por si só, deliciosa. Guilherme interpreta muito bem, sem dúvidas o destaque do filme. O resto do elenco cumpre seu papel.

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho é um belo romance, que têm seus clichês e suas falhas em um roteiro quase oco, mas que encanta, Daniel tem o dom de emocionar, criou essa personagem interessante e que faz a gente prender a cara na telinha até o fim, E não é que as cenas finais são realmente boas? Mas ainda sim, ainda falta maturidade ao diretor e ritmo na narrativa.

3.0/5

100% de Críticas Positivas no Rotten Tomatoes















segunda-feira, 28 de julho de 2014

Review: P.S I Love You

P.S Eu Te Amo (P.S I Love You - 2007)

P.S Eu Te Amo é um romance/drama , com um toque de comédia que tem uma premissa legal, com uma performance ótima da Hilary Swank, com um roteiro bom (como não li o livro, não posso dizer se foi bem adaptado), mas com alguns erros de direção e com alguns pontos que deixam a desejar.

A história começa com uma briga entre o casal de apaixonados Gerry (interpretado pelo Gerard Butler, que fez um trabalho razoável) e Holly (Hilary Swank, sempre incrível), a situação financeira de ambos não é das melhores e eles discutem como um casal comum, há muto amor entre os dois, as primeiras cenas mostram bem isso, mas depois de 10 anos juntos, Gerry vem a falecer, deixando uma série de cartas e tarefas para sua esposa "superar" a perda

.

A história é legal, não é inovadora e nem vai redefinir o gênero, mas é legal, acho que o diretor tinha um bom material para trabalhar e infelizmente não conseguiu criar um climax convincente, muito do que acontece ali se deve a performance da Hilary e a história de perda, que realmente é forte, mas o filme sofre da altos e baixos.

Richard LaGravenese é um diretor que trabalha mais como roteirista, dos filmes que ele dirigiu até 2007, eu vi só "Escritores da Liberdade" que é um bom filme, mas não chega a ser ótimo, mas como roteirista, realizou ótimos trabalhos após P.S, "Água Para Elefantes" e "A Condenação" são bons exemplos disso, mas aqui ele deixa algumas pontas soltas, como eu disse antes, falta um climax adequado, o filme teria dado mais certo se fosse um romance/drama, sem as tentativas de fazer rir que em algumas cenas, chegam a ser vergonhosas. A edição é um pouco amadora em alguns momentos, principalmente no começo do filme, a gente mal cria vínculo com o Gerry e ele some.

O elenco é carregado por Hilary Swank que faz uma performance ótima, na medida, sem exageros ou faltas, ela consegue ter uma boa carga dramática, embora eu ache que ela combina mais com personagens menos delicadas e mais "fortes", mas é o que eu disse lá em cima, muito do que o filme é acontece, é pela Hilary, o vínculo criado com sua personagem é imediato e ela cumpre um bom papel. Gerald Butler não é o ideal, mas também cumpre seu papel, Lisa Kudrow dá o toque do comédia pro filme que eu acho bem desnecessário, embora goste da atriz, e Kathy Bates também faz um ótimo papel, sua carga dramática também me agrada muito (como não amar essa mulher?), o resto do elenco é bem esquecível.

A maquiagem e o figurino estão ótimos, a fotografia me agrada também e a trilha sonora (embora em uma cena seja totalmente equivocada) também está boa.

P.S Eu Te Amo é o típico filme com uma história ótima, mas que não inova, com alguns erros de direção e edição, mas que não deixam de tirar o saldo positivo que o filme consegue ao longo dos minutos em tela.

3.0/5

29% de críticas positivas no Rotten Tomatoes
39/100 no Mettacritic



                                            Hilary em uma das melhores cenas do filme




quarta-feira, 16 de julho de 2014

Review: 12 Anos de Escravidão

12 Anos de Escravidão (12 Years a Slave - 2013)

Muito se comentou sobre o vencedor do Oscar de melhor filme de 2013 esse ano, eu sinceramente não achei justo em vários aspectos, mas mesmo não gostando da direção audaciosa de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão é um filme quase excelente.

A história se trata de um negro livre, que é enganado e levado para outro Estado, onde a abolição da escravidão ainda não foi executada. Solomon passa por mais de uma fazenda e come o pão que o diabo amaçou durantes esses anos e isso é mostrado de forma bem crua.



O filme é baseado em fatos reais, o que torna tudo muito mais real, mais agonizante, mais terrível e Mcqueen sabe disso, ele brinca com isso e manipula tudo com a intenção de chocar e emocionar o público, o que é natural em um filme como esse, mas eu acho que as artimanhas de aproximar a câmera nas partes do corpo que está em carne viva, ou dar ênfase demais ao sofrimento, enfim, exagerar um pouco nesse sentido, se torna o maior defeito do filme, isso se deve um pouco ao roteirista, mas muito mais ao Mcqueen. Não estou dizendo que teria que ser mais "cor de rosa", eu adoro filmes realistas, mas Mcqueen brinca com o público e manipula a câmera para chocar.

Mesmo com o defeito apontado, mesmo eu não gostando da direção realizada aqui, Mcqueen tem um resultado positivo, muito se deve ao conjunto da obra, roteiro bom, fotografia boa, na medida do possível, performances ótimas, isso acaba trazendo bons resultados para o diretor que executou o excelente Hunger e o ótimo Shame de maneira exemplar. Somando tudo isso, Mcqueen parece ser um bom diretor, têm três filmes beirando ao excelente no currículo, mais um montão de prêmios a seu favor.

As performances são um show a parte, Chiwetel Ejiofor tá esperando seu Oscar até agora, merecia muito mais que Lupita, ele constrói um Solomon perfeito, todo o sofrimento, toda a fúria, tudo é passado de forma fiel e convincente. Michael Fassbender também faz um bom trabalho. Lupita Nyong'o, atriz estreante, mesmo que tenha aparecido pouco, faz um trabalho excelente em cena, mostra que não veio para brincar e de cara já levou um Oscar. Destaque também para o promissor Paul Dano, que aparece pouquíssimo, mas brilha em cena. E como não amar Sarah Paulson? Ela está divina, pena que a categoria de coadjuvante estava forte esse ano, pena.

Eu poderia elogiar muito mais o filme do que eu elogiei, afinal, é um conjunto de obra excelente, temos uma boa história, com um diretor que só faz filme bom, um bom roteirista, bons efeitos sonoros, bons atores, o resulto é mais do que positivo, levou o Oscar de melhor filme e mesmo eu achando Gravidade e Philomena filmes melhores em alguns aspectos, 12 Anos é sem dúvida, um dos melhores filmes de 2013.

4.8/5

Média 97/100 no Mettacritic
97% de críticas positivas no Rotten Tomatoes



                           Ejiofor na performance de sua vida, pena que o Oscar não viu isso.


domingo, 13 de julho de 2014

Review: A Culpa É Das Estrelas



A Culpa é Das Estrelas ( The Fault in Our Stars - 2014)

Desde de que a adaptação do fenômeno mundial do escritor John Green foi anunciada, muito se especulou sobre o filme, embora tenha um diretor quase estreante e um roteiro com alguns exageros, o resultado em A Culpa é Das estrelas ainda é positivo.

Hazel é uma jovem que convive com o câncer há um tempo e já está conformada com a morte que virá mais cedo ou mais tarde, ela tem medo de machucar todas as pessoas que são do seu convívio, pois sabe que logo vai partir desse mundo, então, não costuma fazer amigos, isso muda quando ela começa a frequentar um grupo de apoio e conhece Gus, um jovem charmoso e alegre e a história começa a se desenvolver daí.



A comparação com Now Is Good é imediata, as histórias são parecidas, mas mesmo sendo menos cru, A Culpa é Das Estrelas ainda tem uma narrativa melhor.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Review: Noé

Noé (Noah - 2014)

Fazia algum tempo que um filme não dividia tantas opiniões quanto Noé (embora eu tenha ouvido mais opiniões negativas). O filme que prometia ser algo grandioso e envolvente, conseguiu, em partes, cumprir as minhas expectativas. Digo em partes, porque falta muito em Noé para ser O filme, aquele que lembramos de imediato e digo MINHAS EXPECTATIVAS, porque todos que esperavam um filme religioso, se decepcionaram, quem esperava um filme explosivo, também se decepcionou. Eu não esperava nenhum e nem outro.

A história começa quando Noé começa a ter "visões" de como a população da Terra morrerá e o como ele deve agir para que o novo mundo comece. Aquela história que a gente já conhecia.



O roteiro é bem escrito, o filme em nenhum momento deixa subentendido os motivos e as razões pelos quais os fatos vão acontecendo. Embora tenha ação, o filme é um pouco vago no quesito de entreter, já que falta um pouco daquela coisa que os BlockBusters Hollywoodianos tem de melhor, "TIRO, PORRADA E BOMBA", grandes cenas proporcionadas várias vezes (Como em Os Vingadores, por exemplo), o filme sofre com a carência disso, ainda que tenha cenas ótimas.

O diretor Darren Aronofsky, que já tinha chegado em seu ápice, quando fez dois dos melhores filmes da década passada, o excelente Réquiem Para um Sonho e o dilacerador O Lutador, ambos repletos de performances memoráveis (Umas 5, pelo menos) e sucesso dessa década, mas  não tão bom assim, Cisne Negro, que também trazia duas performances marcantes, ou seja, o filme tinha para ter performances incríveis, levando em consideração que tínhamos três vencedores de Oscar e dois jovens atores que já tinham se mostrado promissores em outros filmes, mas com o andar da carruagem, as coisas não foram assim.

Russel e Jennifer se saem muito bem em seus papéis, Jennifer ainda se mostra uma atriz realmente ótima e Russel faz um Noé não muito cativante, mas que é comedido e que mesmo sendo assim, consegue passar o seus sentimentos com os olhares. Logan e Emma fazem aqui, de longe, suas piores performances. Logan deve sentir vergonha de si mesmo ao ver que ele exagerou na "cara de songo-mongo" e realmente faz a pior performance do filme. Emma ainda é esforçada, chora, faz careta, tenta, mas também se sai mal, talvez ainda falte experiência para a garota, que ao contrário do que eu esperava, se mostrou fraca.

Agora chega de falar mal, vamos falar dos pontos positivos do filme, embora o diretor tenha errado na condução de seus atores, o roteiro, mesmo com suas rupturas, ainda fica em saldo positivo, ainda que o suspense mantido nos acontecimentos principais seja fraco. Os efeitos especiais estão divinos, o figurino, a fotografia e os cenários também, todos impecáveis impecáveis, tecnicamente falando, os efeitos especiais são realmente excelentes.

Noé não veio para surpreender, inovar e nem ser um filme religioso, ele é uma atração para o público, somente isso, tem bons efeitos especiais e bons momentos em seu roteiro, mas passa longe de ser algo marcante.

3.0/5

Média 68/100 no Mettacritic
77% de críticas positivas no Rotten Tomatoes

Dois grandes atores fazendo boas performances.


terça-feira, 29 de abril de 2014

CineMusicalidade: Sheezus - Lily Allen

Lily Allen surgiu em 2006, com um clipe tão gostoso e um álbum tão acima da média, que seria curioso ver sua carreira decolar. Hoje, quase 8 anos depois, a cantora volta com seu terceiro álbum, intitulado "Sheezus".

Embora não supere o seu antecessor ( seria impossível superar o It's Not Me, It's You), Sheezus cumpre bem seu trabalho, foge um pouco do convencional e embora não inove tanto assim, ainda é um dos melhores álbuns lançados nos últimos meses.

Lily Allen sempre falou de temas normais, como amor, relacionamento e outras coisas, com naturalidade, sem aquela obviedade que vemos em letras de superação de Katy Perry, ou nas letras de amor pobres da Beyoncé, pelo ao contrário, Lily consegue falar desses assuntos sem parecer over. Quando ela parte para o feminismo e as críticas que ela faz ao cenário musical atual, ah, nessas horas Lily mostra que nos dias de hoje, talvez seja a melhor compositora do POP, pois esse é o ponto forte de Sheezus, AS LETRAS. Sim meu caro, Lily Allen não é uma cantora com vocal poderoso, mas seu timbre é agradável e Lily usa isso bem em suas músicas.

Falando mais das músicas, dois dos quatro singles lançados até agora são fracos, a própria Sheezus e a pobre de produção Air Balloon, são de longe as mais frágeis dos álbuns, a primeira por ter uma produção quase duvidosa e ter o que  é super desnecessário, a tão famosa língua ferina da Lily falando da Katy, é óbvio que um comentário ou outro a gente considera, afinal, ninguém é perfeito, mas logo no refrão? Não, não colou Lilyzinha. A segunda, por ser comum demais, produção fraca, refrão sem explosões, vocal médio, etc. Fora isso e a desnecessária Interlude, o álbum conta com músicas de permeiam de ótimas para perfeitas.

Como eu disse anteriormente, Lily fala de amor, de relacionamento, de todos os temas comuns, de maneira menos convencional, mais agradável e melhor. Our Time e Life for Me são exemplos de músicas que tinham tudo para serem clichês, mas não são, porque Lily compõe como ninguém. As Long as I Got You é bem legal também, tem uma pegada mais caipira e eu amo. Hard Out Here é um dos presentes que só a Lily sabe fazer, hino feminista, com direito a clipe foda e tudo mais. Silver Spoon é ótima, tem pegada comercial e produção bem redondinha, uma ótima opção para single, mas a melhor do álbum, em termos de resultado final, combinação de letra com melodia é sem dúvida, a ótima Take My Place, que surpreende e quase grita para ser um single bem divulgado.

Sheezus não é perfeito, mas ainda sim traz um pouco de inovação, coisa que é de praxe pra Lily Allen, tem músicas ótimas e Lily se mostra mais uma vez, totalmente necessária no cenário POP atual, seu talento como compositora e cantora é indiscutível e seria uma perda não ter um belo retorno como esse.

Destaque: Take My Place
Descarte: Sheezus

4.2/5



domingo, 20 de abril de 2014

CineMusicalidade: Lady Gaga - ARTPOP (2013)

ARTPOP - Lady Gaga (2013)

Lady Gaga sempre foi polêmica, dividindo opiniões, as vezes aclamada como inovadora, as vezes taxada como cópia.

No seu quarto álbum de estúdio, intitulado ARTPOP, a cantora provou que as vezes inovação e criatividade, nem sempre soam como características positivas no cenário musical atual.

O problema do ARTPOP é o excesso , excesso de gritaria, excesso de melodias em uma música só, e o que me incomodou demais, foi que o vocal da Gaga foi desvalorizado em muitas músicas, nessa tentativa louca de mostrar que canta, Gaga se perdeu e muito.
A faixa que abre o álbum, intitulada Aura, é um crime contra a arte,  melodia desprezível, gritaria desnecessária e uma falta de comercialismo sem tamanho (o que nem sempre quer dizer uma coisa ruim) Venus e G.U.Y seguem a linha de um pop menos convencional, porém muito bom, Dope, Gypsy, Applause e Donatella são ótimas também, mas o destaque do álbum é de Do What U Want que é de longe a melhor do álbum e um dos melhores trabalhos da cantora, o resto do álbum é totalmente dispensável, muita gritaria, pouca qualidade em um álbum que se perdeu bastante desde o conceito até o resultado final.

Lady Gaga tem tudo para ser uma das melhores cantoras da sua geração, não só a mais lembrada, mas a melhor, só que esse álbum não chega nem perto, do potencial que a cantora tem para dar.

Destaque: Do What U Want
Descarte: Aura

2.0/5

                                               Excesso de tudo em uma Gaga não tão talentosa assim.
                                             

quinta-feira, 17 de abril de 2014

CineMusicalidade: Sam Alves - Sam Alves

O CineMusicalidade será uma coluna nova do blog, onde falarei sobre artistas, álbuns e sobre o cenário POP atual.

Sam Alves surgiu no The Voice do ano passado aqui no Brasil e se mostrou, de longe, o que mais tinha comercialidade do grupo de ótimos cantores do programa, desde então, muito se especulou sobre seu primeiro álbum. Todos sabem que aqui no Brasil (lá fora também) dificilmente um vencedor de reality show consegue se manter nas paradas por muito tempo, mas com Sam, poderia ser diferente, só poderia...

Não estou jogando praga e nem nada, até porque ele é um ótimo cantor, simpático, com voz potente e aparência legal, mas seu álbum de estréia é tão fraco, que decepciona qualquer um que criou o mínimo de expectativa. Além do nome batido e sem graça, o álbum parece ter feito as pressas, para que o cantor não caísse no esquecimento. Faixas com poucos arranjos, produções medíocres que não combinam com o vocal do jovem talento e muito mimimi para pouca qualidade, sem mencionar que 65% das músicas são covers, preguiça de lançar algo novo? Ao que parece, sim.

Essa história de ficar colocando metade das músicas em inglês e metade em português não cola, não atinge um público alvo especifico e irrita qualquer pessoa que tente ouvir seu álbum inteiro.

Como tudo na vida, o álbum tem suas qualidades, além do vocal poderoso de Sam, músicas como When I Was Your Man, Hallelujah, A Thousand Years, Counting Stars e Troublemaker são ótimas, mas todas são melhores nas suas versões originais, pois Sam faz apenas o cover, uma mudança no arranjo aqui, outro ali, mas ainda ficam inferiores a original. Nem pense em escutar o resto do álbum, é de doer os ouvidos, dando destaque negativo para Pais e Filhos, que não combina na voz do cantor, aquela performance dramatizada no The Voice soa artificial, inclusive.

Sam Alves encontra vários problemas com seu primeiro disco, mesmo com suas inúmeras qualidades, o disco não teve o tratamento necessário (as vezes o apressado come cru). Uma pena, pois eu esperava algo bom, podia até ter uns 2/3 covers, mas quando se lança um álbum de 11 faixas, onde covers são a prioridade, o resultado final não sai tão bom.

Destaque:  Counting Stars
Descarte: Pais e Filhos

1.0/5

                                          Sam Alves, a promessa que até agora, não virou realidade.


                                                                               

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Review: Philomena

Philomena (2013)

Com um filme baseados em fatos reais, uma história no mínimo tocante, um elenco ótimo, um roteiro afiado e um resultado final mais do que positivo, Philomena veio para fazer rir, chorar e se encantar com uma história convencional.

Philomena é uma adorável senhora, que teve um filho há 50 anos, mas que com poucos anos de vida, foi tirado dela por razões que serão reveladas durante o filme. Martin é um jornalista sincero, que trabalhou na BBC e depois de ser demitido, fica deprimido e tenta encontrar novos rumos. A história começa mesmo, quando os dois se encontram, para Martin documentar a história de Philomena, aí a jornada em busca de seu filho tem inicio.



O diretor Stephen Frears, realiza aqui, um trabalho ainda mais memorável que "A Rainha" (filme que ele dirigiu e que deu a Helen Mirren o Oscar de melhor atriz), utiliza muito bem as partes dramáticas, sem muito exagero, fora que eu amo o modo como o filme é filmado, todos os ângulos estão perfeitos, mas o que encanta mesmo é o roteiro, bem redondinho, amarradinho e perfeitinho, parece tolice dizer isso, mas todo o roteiro é bem realista, sem melodramas excessivos, sem aquela coisa de filme americano sabe? É um autêntico filme europeu, com  uma pegada bem mais "crua".

As performances estão na medida, nem a mais, nem a menos, Steve Coogan faz um ótimo trabalho, mas o show é de Judi Dench, uma das melhores atrizes vivas, sem sombra de dúvidas(7 indicações ao Oscar em 17 anos). Judi, ao contrário da Angelina Jolie em 2008 com A Troca, faz a uma performance na medida, com poucas explosões dramáticas, respeitando sua personagem e nos brindando com uma das atuações mais belas da década.

Com um resultado final beirando ao impecável, mesmo com a sensação de que falta algo, quando essa coisa que falta é procurada, não é achada, porque Philomena é um filme amarrado, sem pontas soltas, com inúmeros pontos positivos, que anulam os poucos (ou nenhum) pontos negativos.

5/5

Média 76/100 no Mettacritic
92% de notas positivas no Rotten Tomatoes

Uma dupla inesperada, interessante e adorável.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Review: Família do Bagulho

Família do Bagulho (We're the Millers - 2013)

Ignorando mais uma vez a tradução escrota que fizeram aqui nesse maravilhoso país, We're the Millers veio como um alívio cômico em 2013, que no gênero de comédias escrachadas, não foi lá bem sucedido. Eu digo comédias escrachadas porque 2013 teve muitos "dramédias" bons, mas aquele comédia com sexo e palavrão, aquela bem suja mesmo (mas com qualidade,é claro), ficaram devendo.

O filme começa quando um traficante meia-boca é roubado e para pagar sua dívida ao seu chefe, tem que atravessar a fronteira do México com muita, muita droga. Para não levantar suspeitas, ele "contrata" dois vizinhos, entre eles um moleque virgem e uma mulher que é stripper, e uma garota de rua que todos finjam ser uma tradicional família americana.



No meio dessa viagem maluca, muitas coisas acontecem, coisas alucinantes, situações minimamente bem feitas, que levam ao delírio, tudo isso graças as performances ótimas e a um diretor que realiza um trabalho excelente, Rawson deixa sua marca e faz seu melhor filme até agora.

Os 4 protagonistas principais estão bem, envolvidos em um roteiro sujo (no bom sentido), cheio de palavrões e linguagem sexual, mas que ainda sim, não fica patético como na maioria dos filmes nesse estilo.

O resultado final é positivo, ainda que nas cenas finais o filme caia no clichê, não tira os créditos que o filme tem ao longo de sua execução. O filme faz rir e faz rir bastante, mas mesmo com o o nome abrasileirado, passa longe de ser um filme familiar, de preferência não veja com seus avós.

Olhando o filme como um todo, Família do Bagulho não é inovador, não é um filme técnico e nem um filme perfeito, mas com um roteiro ótimo e performances adequadas, acaba tendo um resultado final positivo e vai além do esperado.

Média 44/100 no Mettacritic
47% de críticas positivas no Rotten Tomatoes

4.0/5

Jennifer em uma cena épica

quarta-feira, 12 de março de 2014

Review: Como Não Perder Essa Mulher

Como Não Perder Essa Mulher (Don Jon - 2013)

Don Jon (Me recuso a usar esse título podre que """"traduziram""" no Brasil) é um filme bem fora do convencional, que marca uma boa estréia de um jovem diretor, que conta com atores ótimos, em uma história crua e realista.

Jon é viciado em pornô, é o típico cara que tem bom coração, mesmo sendo pervertido, ele sai com uma garota nova toda semana, mas as coisas começam a mudar quando ele se apaixona pela encantadora Barbara e com o passar do tempo, o filme vai mostrando o ponto de vista masculino de uma relação um pouco mais séria.

Embora o filme seja um pouco baixo, com uma linguagem suja e bastante cenas quentes, isso é bem explorado aqui, ao contrário de American Pie ou Show de Vizinha, por exemplo. Isso deve-se ao roteiro bem escrito ,pelo estrante diretor e roteirista Joseph Gordon-Levitt, que fez tudo isso além de atuar como protagonista.

O tema de pornografia, relacionamentos complicado se tudo mais, foi totalmente feito de uma visão masculina e realista, do começo ao fim, talvez por isso o filme soe tão original, passa longe do previsível, conta com reviravoltas ótimas, que faz você refletir um pouco sobre o que é um relacionamento moderno.

Joseph Gordon-Levitt realiza uma boa direção, afinal, é sua estréia, mas poderia ter deixado o filme um pouco menos cru, mas ainda sim consegue preencher bem pequenas lacunas em seu roteiro, já algumas vezes o filme começou a ficar maçante, mas logo começou a esquentar.

O elenco está bem afiado, Joseph faz um bom trabalho como protagonista, Scarlett se encaixa perfeitamente com a personagem e Julianne Moore, mais uma vez, faz um trabalho consistente, mesmo com pouco tempo em cena.

Don Jon veio como quem não quer nada, sem muita pretensão, mas alcançou seu objetivo de uma forma eficaz, sendo uma versão mais quente e até mesmo mais realista do que 500 Dias com Ela, que já era muito bom.

4.5/5




sexta-feira, 7 de março de 2014

Review: Sem Escalas

Sem Escalas (Non-Stop - 2014)

Sem escalas é um filme pouco ambicioso, com alguns clichês, mas que graças ao diretor inteligente e a um protagonista funcional, consegue sair bem melhor do que o esperado.

Bill é um policial especialista em segurança aérea, que bebe e fuma, além de ter problemas que envolvem seu passado misterioso, típico policial protagonista de filme de ação barato, a diferença, é que aqui, ele é novamente dirigido pelo Jaume  e o filme não é barato. A história começa com Bill, entrando em avião cheio de gentes suspeita e macabra e posteriormente, um assassino (a) começa a ameaçar Bill pelo celular, dizendo que se não houver um depósito bem gordo em uma determinada conta, ele matará um passageiro de 20 em 20 minutos e aí história começa a se desenvolver daí.

O filme é uma mistura de suspense com ação, que eu particularmente não gosto muito,mas que aqui funcionou muito bem, embora tenha rupturas em seu roteiro, principalmente nas cenas finais, o diretor contorna bem os clichês do gênero, movido pelo suspense que é bem construído até o final.

Jaume Collet-Serra, famoso diretor que criou clássicos contemporâneos, como A Casa de Cera e a A Órfã, consegue construir seu melhor suspense, é agonizante, as cenas de ação também são bem feitas, Jaume já trabalhou com Liam, então, não foi desafio nenhum tê-lo novamente como protagonista absoluto, pensando pelo lado que o filme todo se passa em um único cenário, dá pra ter uma noção do quanto o roteiro, mesmo com suas falhas, conseguiu ser bom o suficiente para não deixar cair no tédio, ou ficar estendido demais, igual ao recente Capitão Philips.

Embora não seja um filme de performances, Liam Neeson está convincente no papel principal, Julianne Moore e Michelle Dockery, ambas coadjuvantes, estão bem também, detalhe para a Lupita Nyong'o , vencedora do Oscar de coadjuvante esse ano, que faz um papel de figurante no filme.

Quando vamos analisar o gênero de suspense, não adianta o filme ter os melhores atores do mundo, com o melhor diretor, um roteiro cheio de sátiras ou frases filosóficas e uma série de outros fatores técnicos, sem fazer o principal, que é de fato o suspense. A verdade é que depois dos primeiros 15 minutos, eu não consegui prestar mais atenção em nada, me desliguei do mundo, vivi intensamente o filme, que mesmo com os clichês e umas falhas nas cenas finais, consegue prender o público de maneira acima da média.

4.4/5







quinta-feira, 6 de março de 2014

Review: Ela

Ela (Her - 2014)

Vencedor do Oscar de melhor roteiro original e indicado em mais quatro categorias, Her, que foi lançado ano passado no EUA, viria como um dos candidatos a melhor filme do ano e embora tenha muitos pontos positivos a seu favor, ainda sim, deixou um pouco de decepção no ar. Talvez, eu que criei expectativa em excesso, já que tinha certeza que daria nota máxima mesmo antes de ver, contudo, ainda é um filme bem acima da média e a decepção a qual me refiro, é muito mais da minha expectativa do que o filme mostra como qualidades técnicas. 

Dando a entender que se passa em um "futuro" não tão distante, a história começa quando Theodore, um escritor solitário que está passando pelas dificuldades do divórcio, compra um sistema de computador moderno e acaba se apaixonando pela voz desse sistema e todo o filme gira em torno desse relacionamento irreal.

A ideia é difícil de ser aceita e no começo, não convence, mas o roteiro amadurece com o passar dos minutos e movido por performances ótimas, o filme acaba se tornando uma obra prima.

Spike Jonze realiza uma direção afiada, beirando ao impecável, trata o seu filme de maneira delicada e tocante. O roteiro está bem escrito, com momentos de comédia e com o drama na medida, mas que se estende demais, faltou ritmo, talvez uns 25 minutos a menos cairia muito bem. A trilha sonora é ótima, a fotografia também, a impressão que dá, é que o filme foi feito com zelo e carinho ao extremo.

Joaquin Phoenix mostra um belo trabalho, cabível entre os cinco melhores atores do ano, com sua performance tocante e convincente, mas o destaque vai todo para Scarlett Johansson, que fez uma performance baseada só na voz de Samantha, transbordando toda a emoção necessária, passando todos os sentimentos e sua personagem, que no mínimo, merecia indicação ao Oscar. O resto do elenco de apoio está na média.

O filme nada mais é, do que uma reflexão contemporânea de todo e qualquer relacionamento, ainda que Jonze o torna inovador, o filme não é tão complexo assim, mas faz além da sua obrigação, mesmo que te leve para uma viagem do que é real e do que não é, ainda sim é um dos filmes mais tocantes e um dos melhores romances desse século.

4.5/5




quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Review: Questão de Tempo

About Time (Questão de Tempo - 2013)

About Time parece ser mais uma comédia romântica americana sem sal, com o roteiro raso e que não acrescenta nada, mas só parece, afinal, ela é uma comédia romântica britânica, então, pode-se esperar algo bom do filme.

A história começa quando Tim é surpreendido por seu pai com a notícia que ele pertence a uma longa linhagem de viajantes do tempo, que na sua família, todos os homens podem viajar no tempo, basta ir para um local escuro e pensar na época e no local onde viveu determinado momento, Tim logo começa usar isso em prol de finalmente arrumar uma namorada. e a história vai se desenrolando daí.

O roteiro é bem escrito, não cai em clichês e sempre tem tiradas interessantes, em hora alguma fica morno ou parado e é bem amarradinho, do começo ao fim, todos os personagens são facilmente adoráveis, criando vínculo imediato com o público, as performances estão na média, muito de que foi feito ali, se deve mesmo aos personagens.

Richard Curtis realiza um ótimo trabalho na direção, ele já esteve envolvidos em filmes maravilhosos, como Notting Hill, Love Actually e Bridget Jone's Diary, todos com bilheterias estrondosas e roteiros maravilhosos, então, era de se supor que o filme seria bom. Richard realiza um trabalho bem humano, quase cru, com boas tiradas cômicas e um romance maravilhoso, onde as risadas são constantes e as lágrimas inevitáveis, mas que ainda sim, poderia ter sido um pouco mais comercial, se o filme não tivesse essa aparência tão crua, mas em vista do que Richard poderia fazer com a história e o resultado final, o filme sai com um saldo positivo grande.

Uma comédia romântica acima da média, com bons personagens e com todo o realismo dos filmes europeus , About Time foi um alívio para o gênero em 2013, talvez, o melhor do seu gênero desde o recente O Lado Bom da Vida.

4.3/5




terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Performances: As esnobadas femininas mais ridículas do Oscar 2004

Atriz coadjuvante:

Esse ano foi repleto de boas performances para a categoria, mas nada de performances excelentes. Eu acho o Oscar da Cate justo e só mudaria uma das indicadas, que são:

Laura Linney


Sophie Okonedo




Natalie Portman (GG)



Virginia Madsen (CCA)



E a vencedora da noite: Cate Blanchett (Oscar, SAG e BAFTA)



Embora não fosse muita surpresa a vitória da Cate, ainda tinha gente que apostava na Virginia ou na Natalie, mas ambas perderam o BAFTA e o SAG, o que dificultou a briga com a Cate. As três que eu citei estão com performances ótimas e são as três melhores da categoria, seguidas pela grandiosa Laura Linney que também faz uma ótima performance, mas o que geralmente não acontece, aconteceu em 2004, Streep sofreu uma esnobada e não foi merecida. As que poderiam ter entrado na categoria são:

Meryl Streep por Sob o Domínio do Mal



Streep já teve performances superestimadas pela Academia e já recebeu indicações em que não merecia merecer, mas se tem uma esnobada que a diva recebeu e que não merecia receber, foi por esse filme. Streep mostra uma performance segura e estável, recebendo indicação no GG e no BAFTA e para surpresas de algumas pessoas, infelizmente ficou de fora do Oscar.

Cloris Leachman por Espanglês



Embora ela não merecesse mesmo ficar entre as cinco melhores do ano, vale ressaltar a performance deliciosa que Cloris realiza no divertido Espanglês, a atriz entrou no SAG, mas ficou de fora do Oscar.

A vitória da Cate foi merecida, mas eu mudaria uma das indicadas:

5 - Streep
4 - Laura
5 - Virginia
2 - Natalie
1 - Cate



Atriz Principal:

Esse ano não teve surpresas nenhuma entre as indicadas e embora houvesse três atrizes que com performances equivalentes, eu mudaria algumas coisas, principalmente a vencedora. As indicadas são:

Catalina Sandino Moreno



Kate Winslet



Annette Bening (GG de comédia)



Imelda Staunton (BAFTA)



E a vencedora da noite: Hilary Swank (GG de drama, CCA, SAG e Oscar)



Embora a Hilary tenha ganhado boa parte dos prêmios grandes, foi uma surpresa, já que Imelda tinha sido a preferida dos críticos, levando 80 % desses prêmios dos críticos para casa. Hilary estava bem, mas era a terceira melhor do seu ano, já havia ganhado o Oscar e estava apenas em sua segunda indicação, acho que a decisão da Academia foi bem errônea nesse ano.

Existem três atrizes que poderiam ter sido indicadas nessa categorias, são elas:

Julia Roberts por Closer



Julia vinha com uma performance ótima, com carga dramática suficiente e tudo mais, mas infelizmente não entrou em prêmio nenhum, uma pena, já que ela poderia entrar facilmente entre as cinco indicadas.

Uma Thurman por Kill Bill Vol 2



Uma fez novamente uma performance ótima, mas conseguiu se sair ainda melhor que no primeiro filme, aqui sua performance é mais densa e poderosa. Recebeu indicação ao GG, mas a Academia não deu apoio a Uma

Imelda está tão soberba, que foi uma das maiores injustiças da década passada, deixar a atriz sem prêmio, a Academia errou e feio nesse ano, sua performance é tão acima da média, que não tem como deixar de amar Vera, quanto as outras indicadas, todas ótimas, era um ano forte em qualidade e fraco em quantidade, mas ainda sim, colocaria a Vera entre as indicadas

5 - Annette
4 - Julia
3 - Hilary
2 - Kate
1 - Imelda








segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Review: Histórias Cruzadas

Histórias Cruzadas (The Help - 2011)

The Help é um drama eficaz, bem feito e que beira ao perfeito.

A história se passa em meados do século XX, nos Estados Unidos, onde é retratado como as patroas brancas tratam as empregadas negras, em meio a árdua luta pelos direitos civis. Eugenia, está cansada de ver as empregadas negras sendo tratadas mal e quando descobre que sua amiga está fazendo uma petição, para que todas as casas que tenham empregadas negras, tenha um banheiro do lado de fora, chega a gota d'água e começa a escrever o ponto de vista das empregadas,já que nunca tinha feito isso antes. Aí a luta para achar as empregas que queiram falar, começa, e daí a história começa a se desenrolar.

A adaptação foi bem sucedida em termos de bilheteria e em termos de qualidade também, o roteiro é afiadíssimo, com uma direção bem executada e com um elenco impecável. O tema do racismo é bem trabalhado, assim como o desenvolvimento das personagens em questão, além de ter uma bela fotografia, maquiagem e figurinos impecáveis.

Viola Davis é de longe, a melhor do elenco, que está bem equivalente, ela realiza um ótimo trabalho, com toda a carga dramática necessária, com uma construção maravilhosa de sua personagem que não era lá das mais fáceis, Emma Stone, protagonista absoluta, realiza um bom trabalho aqui, nada que mereça muitos aplausos, mas ainda sim, um bom trabalho. Octavia além de fazer a parte dramática bem feita, também faz o público rir, com a deliciosa personagem que recebeu. Jessica está na média e Bryce constrói uma ótima antagonista, se destacando nesse elenco tão perfeito.

Filmes que retratam o racismo são sempre instigantes, é um assunto maravilhoso a ser trabalhado nas telonas e em The Help, ele é muito bem construído, desde o primeiro instante, até o instante final.

4.7/5



Octavia e Viola, duas co-leads afiadíssimas

Performances: As esnobadas femininas mais ridículas do Oscar 2003

Atriz coadjuvante:

Nesse ano, a Academia cometeu alguns deslizes nessa categoria, principalmente na escolha da vencedora. As indicadas são:

Marcia Gay Harden



Holly Hunter




Shohreh Aghdashloo



Patricia Clarkson



E a vencedora da noite:

Renée Zellweger (GG, BAFTA, SAG, CCA e Oscar)



Por incrível que pareça, antes dos prêmios grandes, Renée não era uma aposta tão certeira assim, Patricia e Shohreh, ambas superiores, dividiram os prêmios da crítica, mas Renée, com uma performance não tão boa, roubou a atenção de todos nos prêmios maiores, fazendo "a rapa" em tudo. Para ser sincero, eu nem indicaria a Renée nesse ano, acho que tinha atrizes melhores para a categoria. Holly mereceu sua indicação, assim como Patricia e Shohreh. Existem atrizes ótimas nesse ano que tinham performances boas ou que poderiam ter sido indicadas, entre elas estão:

Laura Linney por Sobre Meninos e Lobos:



Laura fez uma performances acima da média nesse emocionante e maravilhoso filme, foi indicada ao BAFTA, mas não entrou em nenhum outro prêmio grande, talvez, não tenha entrado no Oscar, devido a já terem indicado outra coadjuvante do filme, mesmo Laura se mostrando superior.

Hope Davis por Anti-Herói Americano



Hope está surpreendentemente ótima nesse pequeno filme, onde tem carga dramática suficiente para impressionar os votantes e uma performance bem despojada e fora do comum, mas infelizmente não entrou em nenhuma premiação grande, só foi nomeada ao Independent Spirit Awards

Maria Bello por Quebrando a Banca



Maria Bello fez uma performance acima da média e era uma das apostas certas na noite do Oscar, mas infelizmente, mesmo tendo entrado no GG e no SAG, o sonho de sua primeira indicação foi adiado por tempo indeterminado, já que os votantes não curtiram a performance da loira.

2003 foi um ano confuso pra essa categoria, ver Renée sendo indicada pelo fraco e chato Cold Mountain já seria exagero, mas ver ela ganhando, isso foi extremamente revoltante. Para mim, a classificação final fica assim

5 - Maria Bello
4 - Laura Linney
3 - Holly Hunter
2 - Shohreh Aghdashloo
1 - Patricia Clarkson



Atriz Principal:

Se na categoria de coadjuvante teve erros grotescos sobre a vencedora, na categoria de atriz principal, não poderia ter vencedora melhor, Charlize fez uma performance digna de Oscar e todos os prêmios grandiosos que houver. Mesmo assim, trocaria algumas indicadas por outras atrizes que tinham performances melhores. As indicadas são:

Samantha Morton



Diane Keaton (GG de comédia/musical)



Naomi Watts



Keisha Castle-Hughes



E a vencedora da noite: Charlize Theron (GG de drama, SAG, CCa e Oscar)



Apenas Diane era veterana, todas as outras atrizes estavam em suas primeiras indicações, mas tinha duas outras estreantes que poderiam ter entrado facilmente entre as indicadas, são elas:

Evan Rachel Wood por Aos Treze



Evan protagonizou esse polêmico filme de uma maneira excelente, foi indicada ao GG e ao SAG, por isso era uma aposta alta para chegar ao Oscar, mas infelizmente, ficou de fora da votação final.

Scarlett Johansson por Encontros e Desencontros.



Vencedora do BAFTA e indicada ao GG e CCA, Scarlett era aposta alta para muitos, mas infelizmente não teve forças para chegar ao Oscar, uma pena, pois sua indicação seria mais do que merecida.

Charlize mereceu seu prêmio, Naomi chega perto do impecável e Samantha constrói um vínculo fiel com o público, três das melhores performances do ano e minha classificação final fica assim:

5 - Evan/Diane
4 - Scarlett
3 - Samantha
2 - Naomi
1 - Charlize