sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Review: Serena

Serena (Serena - 2014)

Serena foi finalizado em 2012, mas foi lançado no fim do ano passado na Europa e está sendo lançado agora no EUA, com dois nomes do momentos, cada um com três indicações ao Oscar e Jennifer Lawrence com uma vitória, o filme tinha tudo para ser bom, afinal, Susanne Bier já tinha feito um bom trabalho em Things We Lost in the Fire e em Love Is All You Need, mas aqui, faz o trabalho mais grotesco que eu vi nesses últimos meses.

A história é um pouco perdida, George (Bradley Cooper) tem um império de madeira, e se apaixona por Serena (Jennifer Lawrence) uma mulher competente e com personalidade forte, ambos apaixonados, até alguns acontecimentos ocorrerem para que Serena comece mostrar algumas atitudes não tão legais assim. Essa foi provavelmente a pior sinopse que escrevi, mas não quero dar spoilers e o filme é tão tuim, que se vocês irem assistir sabendo as coisas, perde o resquício de graça que tem.



Vou começar falando do pior defeito do filme, a edição. Editaram tanto o filme e tão mal, vários cortes secos, introduções mal feitas, ah, que trabalho porco.

Susanne Bier é a diretora, que provavelmente estava drogada quando resolveu dirigir essa BOMBA (risos) o trabalho não foi bem sucedido, não conseguiu extrair boas performances do elenco, enfim, parece que tudo começa errado e termina errado, mas Bier ainda consegue filmar de um modo legal, a fotografia tá linda, tudo orna com os figurinos e com a maquiagem, pelo menos algo essa mulher tinha q acertar.

O roteiro é cheio de crateras, é superficial e sem ritmo, tudo acontece rápido no primeiro ato, e depois tudo fica completamente morno, além da péssima edição e os cortes secos, o filme não tem nenhum acontecimento que realmente faz querer você continuar vendo, além de não ter o mínimo de suspense, ou drama o suficiente, ficamos sem saber qual é o gênero, mesmo com a química do Cooper e da Lawrence, o romance não convence também.

Bradley Cooper não entrega um bom trabalho, a presença dele em cena é tão ou menos memorável que a das pedras no incrível cenário, ele não passa absolutamente nenhuma emoção e nos momentos que ele tem que parecer mais irritado, ele faz a mesma cara de paisagem (saudade O Lado Bom da Vida e o David.O. Russel que conseguiu arrancar uma boa performance desse homem). Jennifer Lawrence têm bons momentos em cena, ainda que não esteja excelente, ou ótima (como costuma estar), tem uma carga dramática razoável e nas explosões raivosas de sua personagem, Lawrence segura bem, mas ainda falta técnica para a atriz, parece que sua força natural e sua cara de choro não impressiona tanto aqui. Gosto do Toby Jones no papel do xerife, ainda que esteja um pouco caricato, me agrada.

Embora o filme tenha uma fotografia impecável, Susanne deixou cair abismo abaixo um projeto que poderia ser bom, ainda que Jennifer Lawrence entregue um trabalho bom, os furos no roteiro, a falta de ritmo, a introdução mal feita, a direção ausente e o fraco trabalho do Bradley Cooper, tornam Serena um dos filmes mais fraco dessa década.

0.5/5

28% de críticas positivas no Rotten Tomatoes
40/100 no Mettacritic


                                        Lawrence tenta, grita, chora, mas infelizmente o filme é ruim demais




quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Review: Mesmo se Nada der Certo

Mesmo se Nada der Certo (Begin Again -2014)

Gretta (Keira Knightley) é uma cantora e compositora, que não almeja muito a fama e que teve um relacionamento recente frustrado, Dan (Mark Ruffalo) foi um produtor de sucesso e agora está amargando o fracasso, enquanto o Dave (Adam Levine) é o namorado de Gretta, um cantor Pop que está começando o sucesso, Clichê? Pra uma sinopse sim, mas o filme nos pega de surpresa.

O legal de Begin Again, é que não temos muita expectativa, mas o filme nos surpreende com o passar do tempo, com uma narrativa excelente, uma trilha sonora ótima e performances no ponto.



O diretor do filme e roteirista é o John Carney, ex-baterista da banda de rock The Frames, não conhecia o trabalho dele até aqui, mas confesso que me interessei muito. A narrativa do filme é excelente, o filme tinha todas as razões do mundo para ser clichê ou piegas, mas Carney envolve o público aos poucos, fazendo que com nos apeguemos aos personagens e a esse roteiro delicioso, além de tirar boas performances de quase todo mundo. O modo como ele filma me agradou muito também, câmera na mão em algumas cenas, além de ter uma bela fotografia.

O roteiro, também é bem feito, Carney escreve bem, com uma ou outra reviravolta e boas nuances, nos apegamos aos poucos pelos personagens e quando percebemos, já estamos torcendo pra um ou pra outro, fazia tempo que um filme nesse gênero não me fazia xingar os personagens em uma ou outra situação.

O elenco também está ótimo, Keira Knightley, duas vezes indicada ao Oscar, mostra a que veio, segura bem nas cenas dramáticas e carrega bem o filme, é bom ver uma protagonista indo tão bem assim. Mark Ruffalo e Hailee Steinfeld estão muito bem também, os dois perfeitos para os papeis, Adam Levine não destoa, mas poderia estar melhor, principalmente em sua cena final..

A trilha sonora é muito boa, com um pop leve e algumas músicas mais acústicas, além das letras bem escritas, tem como não amar Lost Stars na voz da Keira? Ou em Like a Fool? Não tem. A voz do Adam também combina perfeitamente com as músicas.

Mesmo se Nada der Certo vem como quem não quer nada, comendo pelas beiradas e tendo um resultado final excelente, com boas performances, roteiro afiado, direção no ponto certo e uma trilha sonora impecável. Aguardaremos ansiosos pelo próximo trabalho do John Carney.

5/5

83% de críticas postitivas no Rotten Tomatoes
62/100 no Mettacritic


                                    Keira em uma das melhores cenas do filme, "Like a Fool"





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Performances: Melhor Atriz 2013

O ano de 2013 foi bem forte para a categoria de atriz, além de ter 5 indicadas com performances incríveis, ainda tinha umas 3 ou 4 atrizes correndo por fora. Ao contrário da categoria de coadjuvante, Cate era unanimidade, levou pra casa quase todos os prêmios da crítica e os prêmios maiores também.

Além das cinco atrizes indicadas, tínhamos umas 4 ou 5 atrizes que receberam indicações em outros prêmios maiores ou da crítica, que podiam certamente entrar no Oscar, embora a sexta mais votada, tenha sido (provavelmente) Emma Thompson, a única que realmente poderia ter entrado no lugar de Sandra Bullock, que tinha a performance mais fraca das indicadas (uma ótima performance e eu manteria sua indicação) era a Adèle Exarchopoulos, que realmente está sublime em Azul é a Cor Mais Quente.





O ano foi forte para a categoria, todas com performances excelentes!

5. Sandra Bullock - Gravidade.

Sandra faz um ótimo trabalho em Gravidade, consegue fazer muito bem o papel, passa toda a tensão que a personagem precisa passar, nas cenas mais dramáticas ela faz bem e uma cena melancólica, em especial, ela faz de uma forma excelente. Sandra venceu alguns prêmios da crítica e era a front-runner do ano. Coloquei ela como quinta colocada, apenas pelo ano ser forte mesmo.



As próximas três performances são muito equivalentes, as três atrizes que virão, fizeram um trabalho impecável.

4. Meryl Streep - Álbum de Família

Streep,como de costume, faz um excelente trabalho, nesse "dramédia" de qualidade, apoiada com um elenco sublime, Meryl se entrega completamente para o papel da maldosa e doente Violet, a performance de Streep é crescente, a cada minuto fica melhor, seus exageros são bem aplicados e sua carga dramática também.



3. Judi Dench - Philomena

Dench é uma atriz excepcional, mas acho que nunca gostei tanto dela como em Philomena, embora não seja a sua personagem mais forte,Judi faz de um jeito único, não tem o que criticar em sua performance,ela é na medida, sem exageros ou faltas, cumpre muito bem seu papel, aangústia e a melancolia é passada no seu olhar, na sua voz, enfim, miss Dench fez um belo trabalho e mereceu sua sétima indicação



2. Amy Adams - Trapaça

Amy chegou na sua quinta indicação em 9 anos, um número impressionante, mas ao contrário de seus outros filmes, Adams tinha o melhor papel do filme, o mais humano e foi a quem melhor trabalhou em Trapaça também. Seu sotaque britânico, sua carga dramática, suas expressões faciais, tudo está em perfeita forma, embora não haja tanta diferença assim, Adams fica em segundo lugar por transparecer tão bem tudo o que sua personagem sentia, com um belo toque de comédia.



1. Cate Blanchett - Blue Jasmine

Chegamos a vencedora da noite, além de ter vencido por mérito, Blanchett está surreal em Blue Jasmine, se entre as outras atrizes, a diferença era pouca, Cate está 100000 passos a frente de todas. Claro que sua personagem é a que mais tem cenas dramáticas pesadas, mas mesmo assim Cate faz tudo com maestria, não imagino outra atriz fazendo isso tão bem. Venceu Oscar, venceu Globo de Ouro, BAFTA, SAG, CCA, Independent Spirit Awards e tudo o que tinha direito!




Rainha é sempre rainha








quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Review: Homens, Mulheres e Filhos

Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women & Children - 2014)


As vezes um bom diretor, com um boa história e um elenco ótimo, tem seus deslizes não é mesmo? E Homens, Mulheres & Filhos é a prova viva disso

O filme conta a história de algumas famílias, com o tema central de internet e tecnologia, e como isso interfere na vida de todos. Além disso, o filme fala sobre traição, obsessão, anorexia e sobre a relação de pais e filhos.



Sabe, o filme não é clichê e tem um elenco incrível, mesmo o tema familiar e essas histórias cruzadas ser bem batido, Jason Reitman têm ideias relativamente criativas sobre o uso da internet para jovens e adultos, mas mesmo assim, o filme deixa a desejar.

Jason Reitman dirigiu Juno e Amor Sem Escalas, ambos aclamados pela crítica e que obtiveram um sucesso entre o público, seus últimos filmes, Jovens Adultos e Refém da Paixão, mostraram um certo declínio, e Homens, Mulheres e Filhos segue a mesma linha morna. Jason é um diretor criativo, mesmo em seus filmes mornos, ainda consegue falar de temas comuns de uma forma diferente.

O filme tem um ritmo mediano pra ruim, as histórias são interessantes, mas o modo como são contadas é bem massante, não assistam esse filme se estiverem com sono, já aviso. O roteiro tem seus altos e baixos, as histórias despertam o interesse, mas não a ponto de nos fazer mergulhar no filme, ao contrario de Juno. A narração da Emma Thompson é uma ideia legal também, mas não sei se aqui, chega a ser necessária.

O elenco está ótimo, ninguém destoa, mas o filme tem alguns destaques, Adam Sandler está ótimo nesse papel mais maduro, de um homem infeliz, que busca sexo na internet por ter um casamento morno, é bom ver ele se envolvendo em projetos mais maduros, Jennifer Garner é o segundo nome que vem a mente, quem não tem raiva de sua personagem? E a última cena dela é incrível, ela mostra carga dramática na medida. Ansel Elgort, embora ainda falte muito para o ator ser bom, de fato, ainda sim consegue se sair bem em suas cenas, Rosemarie Dewitt e Judy Greer também estão ótimas. O elenco juvenil completa o filme e cumpre bem seu papel.

Homens, Mulheres & Filhos é um "dramédia" que tinha tudo para ser bom, elenco ótimo, boas histórias, um diretor que costuma fazer bons filmes, mas por falta de ritmo e de algumas introduções adequadas, que mesmo em seus altos e baixos, não consegue ser nada além de um filme fofo, quando mostra os adolescentes apaixonados, e um filme massante, quando a trama se volta para os adultos.

2.5/5

31% de críticas positivas no Rotten Tomatoes
48/100 no Mettacritic



segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Review: Caminhos da Floresta

Caminhos da Floresta (Into the Woods - 2014)

Mais uma vez Rob Marshall vem com uma bomba, só que sem Fergie e Kate Hudson para dar uma aliviada nos números horrendos (no caso, do tenebroso Nine em 2009)

Caminhos da Floresta é um musical, onde várias histórias famosas se cruzam em uma floresta, temos Rapunzel, Chapéuzinho Vermelho, João e o Pé de Feijão e Cinderella, mas a história central, é sobre um padeiro e sua esposa, que não pode ter filhos, para reverter o feitiço, a bruxa que o lançou, exige que eles encontrem vários itens e tragam para ela e a história começa a desenrolar daí.



Rob Marshall é o diretor, o mesmo de Chicago e Nine, mas que aqui, passa longe dos resultados anteriores, até mesmo o fraco Nine é superior que Caminhos da Floresta. Um dos grandes problemas do filme, é sua fotografia, além de dar um ar artificial, de cenário mesmo, o modo como Marshall filma, não é bom, closes bem ruins mesmo. Outro grande problema que o filme encontra, é a quantidade de músicas ruins, qual é, estamos falando de um musical, aí vem o brilhante Marshall e me bota muita música no primeiro ato, quase nenhuma no segundo e um número horrendo no último ato.

O roteiro é médio, em algumas horas bons, em outras apenas funcional, outras massante demais.

O elenco é grande, com bons atores, mas Streep é o nome do filme, seus números são os melhores do filme, e sua atuação está na medida, não sei se merecia indicação ao Oscar não, mas está ótima. O restante do elenco está bom, ninguém que destoe, mas ninguém que se destaca, Emily Blunt ainda consegue ter uns saldo positivo, mas nada que justificasse tanta atenção dos críticos.

O filme poderia ter 30 minutos a menos, porque no começo, parece mesmo ser algo bom, mas a cada dezena de minutos a situação fica pior, um musical que não têm bons números, não é um musical e mesmo que o filme tenha seus pontos altos, nada justifica o resultado final ruim. A conclusão é que Memórias de uma Gueixa ainda é o melhor filme de Rob Marshall e que ele deveria parar de fazer musicais.

1.5/5

71 % de críticas positivas no Rotten Tomatoes
69/100 no Mettacritic


sábado, 14 de fevereiro de 2015

CineMusicalidade: Rebel Heart - Madonna

Madonna - Rebel Heart (2015)

Hoje falaremos sobre o décimo terceiro álbum de estúdio da rainha do Pop, odiada por muitos e amada por muitos também, Madonna.

A expectativa para Rebel Heart não era muito grande, afinal, seus dois últimos álbuns foram bem ruins, mas bem ruins mesmo, mas a história aqui é outra.

Rebel Heart têm boas letras, melodias diversificadas e surgiu como um alívio Pop desses últimos meses, embora tenha seus altos e baixos, é bom ver uma artista consagrada há anos atrás, fazer música atual com tanta maestria.

Lembrando que falarei da versão standart do álbum, com 14 músicas.

O carro-chefe do álbum é Living for Love, embora não seja a melhor do álbum e nem tem uma letra ótima, mas é comercial e funcional para um primeiro single, tem uma ótima produção e o resultado final é bom. Devil Pray e Unapologetic Bitch são respectivamente, a segunda e terceira melhores músicas do álbum. Devil Pray é alucinante, com uma letra escrachada ao máximo, tem uma das melhores produções do ano. Unapologetic Bitch tem uma letra descolada e uma pegada bem legal na produção. HeartBreak City é a melhor balada do álbum, e tem uma letra maravilhosa, uma produção impecável e transparece uma verdade no vocal da Madonna, talvez seja por isso que é a melhor música do álbum, mesmo sem aquele refrão impactante, a música é perfeita.

Agora vamos falar sobre as duas músicas que são, de fato, muito ruins. Illuminati é a primeira música do álbum que é ruim, embora não tenha a pior letra do mundo, ainda sim tem uma produção bem porca, mais parece uma demo que uma versão finalizada, mas a pior do álbum fica a cargo de Iconic mesmo, além de ter uma produção totalmente horrível, com um refrão tosco e umas batidas who, a letra é mais clichê que tudo.

Ghosttown tem uma boa letra e uma produção ótima, é uma das melhores do álbum. Bitch I'm Madonna é divertida e Joan Of Arc é ótima, tem uma letra perfeita e uma boa produção, é o tipo de música que ouvimos em todos os momentos, é atemporal. O restante do álbum está bom, nada de mais e nada de menos, boas músicas, com letras legais e bem produzidas.

Depois dos dois últimos lançamentos fracos da cantora, Rebel Heart surgiu como um alívio, a rainha do POP ainda consegue fazer músicas atuais e com qualidade, embora tenha prometido um pouco demais, Madonna entrega um bom trabalho, com produções diversas e boas letras, o álbum é pop, com uma pegada dance e até uma música com direito a pegada reggae. Rebel Heart é um ótimo álbum, com um resultado final ótimo também.

4.5/5
Destaques: HeartBreak City, Devil Pray e Unapologetic Bitch
Descarte: Iconic






segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Review: Boyhood - Da Infância a Juventude

Boyhood - Da Infância á Juventude (Boyhood - 2014)

Quando Boyhood foi lançado, a unanimidade do ano parecia certa, mas tão certa, que o filme tem nota 100 no Mettacritic

O filme é simples, orçamento baixo, história que parece ser algo comum, afinal, mostrar um garoto se transformar em um pré-adulto não é nada de surreal, mas só o fato de ter levado 12 anos para o filme ser filmado e finalizado e nós acompanharmos as mudanças físicas de todos os personagens, é um chamariz para o filme.



O diretor realiza um trabalho excelente, não só pelos 12 anos de gravação não, mas todas as transições são bem inseridas, ele opta por câmeras mais simples, tornando o filme o mais real possível, sim, não temos nada de surpreendente ou situações irreais, é só a vida de uma família ao longo de 12 anos, e Richard Linklater realiza um ótimo trabalho como roteirista/diretor, ele traz situações comuns de uma família e talvez seja por isso que o filme seja tão tocante.

O roteiro é bem escrito, como eu já disse antes, as transições de anos são bem feitas, o que vai acontecendo na vida de Mason e sua família é algo bem crível e bem comum na vida das pessoas, e aí que está a magia do filme, isso bem atrelado as ótimas performances do elenco, claro.

Vamos ao elenco, que está em um geral muito bom, Patricia Arquette tem o melhor desempenho do filme, é unanime nos críticos e vai vencer o Oscar de atriz coadjuvante e não será sem merecimento. Suas cenas são fortes e a cena final dela, é perfeita, Patricia acerta em cheio aqui. Ellar Coltrane vem logo em seguida, segurou bem as pontas como protagonista, embora eu ache as cenas dele como criança, melhor que como adolescente. Lorelei Linklater (filha do diretor hehe) que interpreta a irmã de Mason, também tem bons momentos em cena. Ethan Hawke teve uma performance just ok, mas também não tinha muito o que fazer. O elenco em geral está ótimo.

Boyhood é um filme excelente, algo que é único, será um clássico por ter essa direção impecável, roteiro amarradinho, performances excelentes e uma edição milagrosa, mas é o que eu disse, é um drama e não tem nada de surpreendente, são situações reais e tocantes.

5/5

98 % de críticas positivas no Rotten Tomatoes
100/100 no Mettacritic


                                     Uma performance inesquecível em um filme único

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Performances: Top 5 da Saoirse Ronan



Hoje vamos falar um pouco sobre Saoirse Ronan, essa atriz irlandesa de 20 anos que vem chamando atenção dos críticos por ser uma das melhores atrizes que surgiram nos últimos anos.

Com 13 anos, ganhou destaque no filme Desejo e Reparação, onde foi  aclamada pela crítica. Vencedora de um CCA e indicada ao Oscar, BAFTA e Globo de Ouro, Ronan venceu vários prêmios da crítica como atriz jovem e atriz coadjuvante.

5 - A Hospedeira

Embora tenha ficado em dúvida sobre colocar A Hospedeira ou Byzantium, a performance da Saoirse aqui é melhor, embora o filme não ajude mesmo (mas longe de ser aquela bomba que os críticos descreveram). Saoirse convence como uma alienígena que possui sentimentos, além de ser o ponto alto do filme, é a razão para ficar e ver A Hospedeira, talvez se fosse outra pessoa no seu lugar, ficaria difícil engolir o filme até o final.



4 - Hanna

Trabalhando com a rainha do mundo Cate Blanchett, Saoirse é o destaque do filme, fazendo o papel de uma jovem corajosa, o filme é cheio de cenas de ação e Ronan faz tudo muito bem, e aqui ainda usa sua carga dramática poderosa. Foi indicada ao CCA de melhor atriz jovem por esse papel.



3 - How I Live Now

Nesse filme de guerra futurista, carregado nas costas por Saoirse Ronan teve boas críticas, mas mais uma vez o ponto alto é a performance incrível de Ronan, que mostra que em filmes independentes, ela carrega muito bem no drama, e se algo é crível na luta pela sobrevivência, é por ela, que merecia mais atenção dos prêmios maiores, mesmo assim foi indicada ao BIFA (melhor atriz britânica em filme independente) de melhor atriz.



2 - Desejo e Reparação

Chegamos ao top 2 que seria facilmente excelente, Desejo e Reparação é um bom filme, mas assim como no anterior e como no próximo, Saoirse é uma das melhores coisas do filme, até esquecemos que aqui, ela só tem 13 anos. Sua performance é bem acima da média, é convincente, as indicações e prêmios que o filme lhe rendeu não são pra menos. Saoirse foi indicada ao Oscar, BAFTA, Globo de Ouro e em uma porção de prêmios da crítica.



1 - Um Olhar do Paraíso

E chegamos ao fim da lista, Aqui, Saoirse faz uma performance excelente, muito madura e acima da média, tem como não amar Susie? Não! Com uma performance completa, com uma carga dramática excelente, boas explosões de raiva com um toque de menina, ah, ponto alto da carreira da atriz é aqui. INFELIZMENTE o Oscar ignorou Ronan em um ano que tivemos a pior vitória da categoria da década passada (Sandra Bullock), mas foi indicada ao BAFTA, ao CCA de melhor atriz e a uma porção de prêmios da crítica. Venceu o CCA de melhor performance jovem e mereceu a vitória.


Saoirse já teve a performance elogiada o cotada para o próximo Oscar pelo seu novo filme, Brooklyn que foi aclamado em Sundance, agora é esperar pra ver a nossa loira no Oscar de novo