quarta-feira, 7 de junho de 2017

Review: Mulher-Maravilha


Mulher-Maravilha (Wonder Woman - 2017)

Quando as primeiras críticas de Mulher-Maravilha começaram a sair, a surpresa foi quase unanime, até eu que gosto do Universo Cinematográfico da DC não esperava uma recepção tão calorosa, mas será que esse hype todo é proporcional a qualidade do filme? Eu vivi para dizer que sim, é proporcional.


Patty Jenkins é a diretora e ela faz um excelente trabalho atrás das câmeras. Ela cria um Universo muito bonito em Temiscira, com várias paisagens incríveis que enchem os olhos, depois na velha Londres do século passado, ela consegue contrastar os dois mundos muito bem, aliada com um ótimo diretor de fotografia, o Matthew Jensen (Game Of Thrones), Jenkins consegue abusar do CGI sem quase nada artificial (exceto pelo terceiro ato).



Além de ser bem sucedida no visual, Patty Jenkins pode se orgulhar do tom do filme. O tom do filme é equilibrado, ele não é mega denso como em Batman vs Superman e nem parte para a comédia (mal sucedida em termos de tom) como em Esquadrão Suicida. O filme é engraçado naturalmente, sem forçar a barra, sem criar piadas fáceis e repetitivas como em alguns filmes da Marvel, mas mesmo com uma pegada mais leve, as coisas acontecem, lá no terceiro ato podemos ver que realmente o filme é da DC, pois acontece algo sombrio que muda a personagem e a faz amadurecer. Patty, além de conseguir inserir comédia e drama no filme, flerta bem com a fantasia, já que o tempo todo é falado na mitologia grega e na origem da Mulher-Maravilha, mas o seu gênero principal é aventura.


As cenas de ação são bem coreografadas, há uma evolução bem grande dos outros filmes da DC para esse, mas se formos comparar com Capitão América: Guerra Civil ou qualquer outro filme recente da Marvel, a DC ainda sai perdendo nesse quesito, Petty não é uma excelente diretora de ação, ela lida melhor com os atores e com a sensibilidade para deixar tudo equilibrado.

Gal Gadot não é uma atriz versátil e experiente, quando o filme parte para cenas mais dramáticas, ela não consegue entregar um bom trabalho, mas quando as cenas são mais melancólicas, ela consegue atuar bem, porém, o que a Gal não tem de carga dramática, lhe sobre em carisma. Ela é extremamente carismática, faz com que a gente crie empatia com a personagem logo de cara e como é um filme de origem, isso é muito positivo. Além do carisma, Gal consegue convencer nos momentos onde fica claro que a Mulher-Maravilha é inocente e forte ao mesmo tempo, é uma personagem difícil e no conjunto da obra, Gal não decepciona. Chris Pine está muito bem como Steve Trevor, ele tem bastante destaque durante o filme e é fundamental para o desenvolvimento da personagem principal, além de ter uma ótima química com a Gal Godot, desde o começo do filme, notamos uma sintonia bem legal entre os dois. Os outros atores são bem coadjuvante e nenhum tem um destaque positivo ou negativo, todo mundo fica na média.



Mulher-Maravilha não é um filme inovador e criativo, mas é um filme muito bem feito, que têm inúmeras qualidades técnicas e inúmeros acertos de clímax graças a sensibilidade de Patty Jenkins e ao carisma da Gal Gadot. Se a DC realmente precisava desse aval dos críticos eu não sei, mas que agora o Universo deslancha, ah, deslancha!

4.5/5

93 % de críticas positivas no Rotten Tomatoes
76/100 no Metta Critic




Um comentário:

  1. Olá, obrigado por compartilhar a crítica desse filme. Pessoalmente acho que o filme tem uma boa trama. É algo muito diferente ao que estávamos acostumados a ver com os filmes de super herois. Porém eu acho que o filme é para um público feminino. O filme de Mulher Maravilha foi uma surpresa pra mim, já que foi uma historia muito criativa que usou elementos innovadores. Eu gostei muito da história por que não é tão previsível como outras. Além acho que Gal Gadot fez um excelente trabalho. Fez uma grande química com todo o elenco, vai além dos seus limites e se entrego ao personagem. Acho que é uma historia que vale a pena ver.

    ResponderExcluir