segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Review: A Freira


O Universo de Invocação do Mal é um dos maiores sucessos que vimos no terror dessa década. Além de arrastar multidões para o cinema, os filmes geralmente são de ótima qualidade e realmente causam medo. A Freira tem uma ambientação incrível, mas peca pelo roteiro fraco.

Três décadas antes dos acontecimentos de Invocação do Mal 2, em um convento macabro na Romênia, uma freira se mata. O Vaticano convoca uma noviça e um padre para investigar o ocorrido. Após eventos misteriosos começarem a acontecer, a dupla vai ter que enfrentar Valek, uma entidade maligna. 



Um dos principais acertos do longa é o clímax criado, através de uma ambientação assustadora, uma ótima trilha e um a sequência de cenas que dão espaços pequenos para o alívio da tensão e logo retornam com mais suspense.


O castelo da Romênia é muito bem explorado pelas lentes precisar do Corin Hardy. Ele usa muito bem a luz e a sombra, criando cenas realmente aterrorizantes, abusa dos símbolos sagrados sendo queimados ou destruídos e não usa com exagero os sustos fáceis, dando prioridade ao suspense que o filme cria ao longo das cenas.

Se o visual surpreende, o roteiro decepciona. Além de conter diálogos toscos, o roteiro é clichê, repete uma fórmula desgastada do gênero e não apresenta Valek com profundidade. O terceiro ato deixa muito a desejar e há uma explicação de como a criatura pode ser destruída que chega a ser cômica.


O elenco deixa a desejar (ao contrário dos outros filmes desse Universo). Taissa Farmiga (Irene) é insossa, sem expressão e embora o papel não exija muito dela, falta um carisma e falta as reações necessárias para esse tipo de filme. Demián Bichir (Padre Burke) entrega um bom trabalho, mas ainda sim, nada que mereça muito destaque. Jonas Bloquet (Frenchie) surge como um alívio cômico sempre graça e que não tem química nenhuma com a Taissa.


Por ironia, A Freira foi o filme que mais fez dinheiro dentro desse Universo, mesmo sendo um dos mais criticados pelos jornalistas especialistas, perfeito ou não, consegue surpreende por ter ótimas cenas de terror e uma ambientação impecável e decepciona pelo roteiro batido e pelo elenco fraco.

3.0/5

26% de críticas positivas no Rotten Tomatoes
46/100 no Metacritic




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